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Mercedes e Ferrari aguardam resposta de Hamilton e Vettel

No final de abril, Ferrari e Mercedes aguardam respostas de seus pilotos sobre negociações para renovação de contrato. Carlos Sainz e Daniel Ricciardo são alternativas

Sebastian Vettel, Ferrari and Lewis Hamilton, Mercedes-AMG Petronas F1 in the press conference

Quase tudo está parado na Fórmula 1. As poucas atividades que seguem ocorrem por videoconferência ou por telefone, mas isso não significa que sejam aspectos secundários. No entanto, há algo que se move: o mercado de pilotos, que, como sempre, começa com os protagonistas e, em seguida, as negociações continuam como em um efeito cascata com o restante do grid.

Várias informações nos últimos dias indicaram que Lewis Hamilton e Sebastian Vettel devem comunicar suas intenções às suas respectivas equipes no final de abril, aceitando ou não as condições acordadas nas negociações já iniciadas. Aparentemente, não há pressa, mas, na realidade, existem mecanismos que pressionam as melhores equipes.

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A situação da Ferrari é um exemplo. Mattia Binotto confirmou que a primeira opção da Scuderia é renovar o contrato com Vettel, uma intenção que já conta com uma oferta na mesa de negociação.

‘Seb’ terá que aceitar ou rejeitar um corte salarial e a proposta de contrato de um ano. Espera-se que Vettel peça dois anos na negociação, mas o ponto no momento é outro: o alemão terá que dar uma resposta, permitindo que a Ferrari reaja.

As alternativas para Vettel são claras. Daniel Ricciardo gosta muito de Maranello, mas o australiano terá que comunicar suas intenções à Renault. O mesmo vale para Carlos Sainz, que há muito tempo tem uma proposta da McLaren para renovar e que não poderá adiar sua decisão por muito tempo. A única solução que permite à Ferrari agir sem pressa é a interna, ou seja, Antonio Giovinazzi, terceiro piloto ligado à Scuderia.

A mesma situação ocorre na Mercedes. A equipe espera renovar com Hamilton por dois anos, dando ao britânico 10 temporadas consecutivas. Esperando o definitivo "sim", Toto Wolff é forçado a ter alternativas. Nesse caso, também há uma solução interna, George Russell, mas as opções externas também estão sendo avaliadas.

Por isso, o mês de abril é crucial para organizar as principais peças de um complexo quebra-cabeça. Na ausência de corridas, a tendência será de estabilidade. As equipes solicitarão aos pilotos que reduzam o salário de 2020 (em alguns casos isso já foi feito) e é provável que a proposta de renovação seja oferecida por uma ou duas temporadas como contrapartida.

Um dos efeitos da situação atual é que um mercado que prometeu ser um dos mais animados nos últimos anos (até o momento, apenas Verstappen, Leclerc e Ocon estão garantidos oficialmente para 2021) pode levar a uma série de renovações para dar estabilidade a um futuro que ainda não está claro hoje.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia. Neste momento, o GP da Alemanha, em 21 de junho, está marcado para abrir a temporada.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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PODCAST: Há vida feliz fora da Fórmula 1?

 

 

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Roberto Chinchero
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Ferrari
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