Mercedes: ordens também seriam dadas com Bottas na ponta
Chefe da Mercedes na F1, Toto Wolff afirmou que teria feito o pedido para seus pilotos manterem a posição na fase final do GP da Alemanha independentemente de quem estivesse na frente.
Depois da largada do período do safety car, Valtteri Bottas inicialmente pressionou o líder, Lewis Hamilton, até que a equipe entrasse no rádio e dissesse ao finlandês para conter os ataques até a bandeirada.
Questionado se a decisão era um sinal de que a equipe agora possui um claro número um e um número dois, Wolff garante que não é o caso.
“Não, absolutamente não”, respondeu. “Se as posições estivessem invertidas, com Valtteri na liderança e Lewis em segundo, teríamos tomado a mesma decisão. Uma decisão idêntica.”
“Foi uma questão de trazer o carro para casa, independentemente de quem estivesse à frente.”
“Quando eles começaram a ir para cima um do outro na relargada, ainda estava chovendo em alguns lugares, ou ainda estava úmido.”
“E tivemos muito azar nas últimas corridas que o cenário de perder um carro ou dois era algo que eu nem queria imaginar.”
Questionado se teria de conversar sobre a situação com Bottas, ele disse: “Tivemos algum contato visual no pódio e acho que as coisas estão bem claras entre nós.”
“Mas o que eu disse a Valtteri é algo que eu também diria à equipe. Eu teria feito a mesma coisa se fosse o contrário.”
“Acho que essa é a transparência que temos na equipe, que não iríamos diferenciar. Foi importante marcar um pódio duplo, primeiro e segundo, para poder recuperar alguns dos pontos que perdemos por azar.”
Wolff insiste que não haverá ordens de equipe até momentos críticos da luta pelo título.
“Correr é o mais importante. Sempre dissemos que, se o campeonato chegar ao seu terço ou quarto final e houver uma grande diferença entre os pilotos, aí sim nós tomaríamos as decisões impopulares.”
“Mas é muito cedo para fazer isso. Hoje tomamos a decisão para trazer uma dobradinha para casa, e, como eu disse, teríamos feito o mesmo se as posições fossem invertidas.”
Quanto à decisão da Ferrari em trocar a posição entre Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel, ele disse: “Também é uma decisão difícil, porque, por um lado, você quer otimizar o resultado e é isso o que você precisa fazer. Mas, por outro, você também precisa dar a ambos os pilotos a chance de vencer a corrida.”
“Kimi teve azar em algumas corridas no começo da temporada, quando a estratégia foi contra ele, e acho que a Ferrari teve dificuldades para tomar a decisão certa lá. É compreensível.”
Wolff também simpatizou com Vettel após o alemão abandonar a prova da liderança.
“Foi um erro, mas a sensação que tive é que, assim como gostamos de vencer e lutamos duro na pista por sermos rivais, consigo imaginar qual é a sensação disso, e não é legal.”
“E você precisa encontrar o equilíbrio correto entre atacar e manter a liderança com caras vindos de trás, e a mesma coisa mantendo o carro seguro na pista.”
“Isso nem sempre é fácil e hoje isso foi contra ele, eu diria. Se é pressão ou não, não consigo comentar.”
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