MotoGP: Chefe da Yamaha revela que contratação de Lorenzo em 2008 foi resposta a 'medo' de ida de Rossi para F1
Rivalidade dentro da equipe japonesa teve origem em uma inusitada possibilidade do italiano mudar das motos para os monopostos

A decisão da Yamaha de contratar Jorge Lorenzo à equipe de MotoGP em 2008 foi tomada como uma precaução contra a possibilidade do futuro rival Valentino Rossi ir para a Fórmula 1, a partir de 2006.
Lenda da motovelocidade, Rossi testou os carros de Fórmula 1 da Ferrari entre 2004 e 2006 e, na época, foi seriamente considerado pelo chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, em uma mudança para a F1.
Rossi, que tinha 27 anos na época, disse que estava considerando uma mudança para a equipe principal da Ferrari depois de testar na equipe Minardi. Lin Jarvis, chefe da Yamaha por duas décadas, afirmou que a decisão da Yamaha de contratar Lorenzo foi para se preparar para a possibilidade do 'Doutor' ir para a F1.
Em entrevista ao MotoGP World, Jarvis disse: "Voltamos à MotoGP com Vale e nos tornamos campeões em 2004 e 2005, mas depois de 2005 ele estava considerando seriamente uma mudança para a Fórmula 1. Tínhamos acabado de voltar à MotoGP e já havíamos vencido dois campeonatos, mas pensamos: e se Valentino nos deixasse? Tínhamos que encontrar o próximo piloto que pudesse vencer campeonatos".
"Jorge começou a correr para nós em 2008, mas na verdade assinamos um contrato com ele em 2006 e precisávamos de alguém que estivesse pronto se Valentino fosse para a F1. Percebemos que Lorenzo era a escolha certa para isso". No final, Rossi permaneceu competindo na motovelocidade até sua aposentadoria.

Valentino Rossi testando, Ferrari F2008
Foto: XPB Images
A parceria de Rossi e Lorenzo na Yamaha foi sido caracterizada por tanta tensão na garagem quanto na pista, o que gerou uma das maiores rivalidades da história da MotoGP, conforme revela Jarvis: "Jorge ficou em terceiro lugar em 2008, segundo em 2009 e campeão em 2010. Isso se tornou difícil para Valentino aceitar".
"Valentino foi para a Ducati e não se saiu bem em 2011 e 2012. Então ele voltou para nós em 2013. Foi quando as coisas se inverteram: Jorge agora era o rei da Yamaha e Valentino estava de volta. Foi um passo ousado para a Yamaha, mas no final levou Jorge a deixar a equipe", conclui.
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