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Fórmula 1 GP do Canadá

Pilotos só querem ir ao Bahrein se houver garantia de segurança

Enquanto a maioria fica em cima do muro, esperando a decisão da FIA, Webber é o único que se posiciona totalmente contrário à prova

Situação do Bahrein está indefinida

Os pilotos foram unânimes em eleger a segurança como sua grande preocupação em relação à volta do GP do Bahrein ao calendário ainda neste ano. Falando ao TotalRace, Rubens Barrichello afirmou que a questão foi discutida naa reuniões da associação dos pilotos, da qual é presidente.

“Acho que os pilotos têm que ter uma determinada participação e não foram unidos falar publicamente para a imprensa. Nós falamos em uma reunião da GPDA em que não estavam 100% dos piltos, então não posso falar por todos. Mas o assunto era a segurança. Os pilotos adoram o Bahrein, adoram a pista e o evento.”

O piloto da Williams destacou que não se sabe exatamente qual a situação interna no Bahrein e comparou as reportagens sobre o país árabe ao que às vezes é veiculado sobre o Brasil.

“É muito difícil saber a verdade. Porque o que eu deixei bem claro [na reunião dos pilotos] é que um dia estava na Inglaterra e vi um programa sobre a história do Brasil mostrando o surfe no trem e as favelas como se fosse a realidade do Brasil e não é. Aquilo acaba não levando um turista para o Brasil. Então eu não tenho certeza se a realidade do Bahrein é aquela que a gente vê na TV ou não. A gente tem que tomar muito cuidado com isso.”

Também ao TotalRace, Felipe Massa também demonstrou preocupação com a segurança.

“Temos as federações, o Bernie, um monte de gente trabalhando em cima disso para ver se vale a pena correr lá ou não. A minha preocupação maior é a segurança. Acho que se tiver algum ponto que não esteja 100% certo, se não tivermos certeza de que estamos indo correr em um lugar em um momento certo, acho que não temos que correr e vamos para lá no ano que vem. A única coisa que eu acho que é segunrança de todos nós, não só dos pilotos e das pessoas que estarão assistindo também, em um momento difícil para o país.”

Essa é a grande e, por que não, única preocupação dos pilotos. Na entrevista coletiva da FIA, Adrian Sutil, Vitalt Petrov, Pastor Maldonado, Sergio Perez e Lewis Hamilton repetiram o mesmo discurso: “se for seguro, iremos.”

 “Não sou eu quem decido, então a FIA e a FOTA estão fazendo isso e acho que eles encontrarão uma solução. Mas, para mim, contanto que seja seguro, estaria feliz em ir. É um bom lugar para visitar, sempre gostei do circuito”, afirmou Sutil

“A questão é apenas a segurança. A FIA sabe o que fazer. Se eles virem que não será perigoso, nós iremos”, arrematou Petrov.

Para Hamilton, os pilotos sempre querem correr.

“Tomara que os times e a FIA tomem a decisão certa e nós, pilotos, temos que confiar neles. Nós queremos correr, não apenas para nosso benefício, como também para o benefício dos outros.”

Fernando Alonso vê os pilotos “à margem da decisão” e afirmou que as grandes prejudicadas seriam as equipes.

“Já temos bastante trabalho em casa final de semana de corrida. E, a nível de logística e organização, terminar o campeonato dia 11 de dezembro não é o mais fácil para as equipes, sobretudo com a sequência de viagens que há no final.”

Jenson Button também lembrou que a situação das equipes se complicaria se a temporada terminasse em dezembro.

“Não sei os fatos, então não posso opinar. O fato é que, quanto antes eles decidam o que vamos fazer, melhor para seguirmos a vida. É difícil para o pessoal da equipe, muitos já têm compromissos marcados e acho que tem um membro do meu time que vai se casar. São coisas que tem que se planejar com antecedência. Então espero que possamos voltar ao calendário antigo.”

Um dos únicos que expressou sua opinião contrária à realização do GP na semana passada, Mark Webber reiterou sua decisão. O australiano teme que a F-1 leve ainda mais tensão ao Bahrein.

“Parece que muda a cada hora [a decisão de correr ou não]. É óbvio que queria voltar para lá, é um evento muito bom. Mas claramente no momento há muitas interrogações. Minha opinião não mudou de fevereiro para cá.”

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