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Saiba quem é Mattia Binotto, novo chefe da Ferrari

Conheça mais sobre a figura que irá dirigir o time italiano na Fórmula 1 a partir desta temporada

Mattia Binotto, Ferrari Chief Technical Officer

Aos 49 anos de idade, Mattia Binotto, engenheiro nascido na Suíça, se tornou chefe de equipe da Ferrari no início desta semana, depois de passar 24 anos na equipe de Marenello. Ele é o primeiro técnico desde Claudio Lombardi – no início dos anos 90 – a comandar a Scuderia.

Binotto se formou em Engenharia Mecânica pela Escola Politécnica Federal de Lausanne (cidade onde nasceu) em 1994, fez Mestrado em Engenharia de Veículos no Departamento de Engenharia "Enzo Ferrari", em Modena.

Em 1995, ele se juntou à equipe de testes da Scuderia Ferrari como engenheiro de motores, mas não sem dificuldades. Maranello havia bloqueado a incorporação de pessoal para os departamentos técnicos, de modo que Binotto juntou-se oficialmente à Ferrari para trabalhar no escritório do time, mas sua verdadeira tarefa era engenheiro de motores, um papel que ele desempenhou na equipe de corrida entre 1997 e 2003.

Em seguida, ele seguiu três anos como engenheiro de motores de "corrida", até que em 2007 foi nomeado chefe de engenheiros de corrida e montagem. Em 2009, ele ocupou o cargo de chefe de operações de motores e do Kers.

Em 2013, ele foi nomeado vice-diretor de motores e eletrônica sob a direção de Luca Marmorini. Um ano depois, devido uma temporada ruim em 2014 devido sobretudo ao propulsor, Sergio Marchionne – ex-presidente, morto em 2018 – confiou a ele a gerência do departamento de motores.

A escalada continuou em um ritmo constante: Binotto se tornou diretor técnico da Scuderia em 27 de julho de 2016, substituindo James Allison, e agora assume o cargo de chefe de equipe.

Maurizio Arrivabene, con Sergio Marchionne e Mattia Binotto nel dicembre 2016

 

O favorito de Marchionne

A chegada de Sergio Marchionne a Maranello fez de Mattia Binotto uma figura de referência para o presidente da marca. Ele foi o dirigente que lhe confiou as chaves para o departamento de motor após a decepcionante unidade de potência feita em 2014, sob a direção de Luca Marmorini. Foi também Marchionne que o nomeou diretor técnico após o excelente progresso feito com a unidade de potência em 2015.

A vontade de Marchionne de dar oportunidade a pessoas de dentro da organização se tornou um 'dever' para o próprio Binotto, que em sua organização em Maranello confiou as principais funções a engenheiros desconhecidos ao contexto da Fórmula 1, como Enrico Cardile (chefe de chassis e aerodinâmica ) e Corrado Iotti (chefe de motores), vindos dos departamentos de Gran Turismo e Produção da Ferrari.

A decisão de sua subida teve em conta os resultados das últimas duas temporadas. Os títulos não chegaram, mas a responsabilidade pelos pontos que faltaram não pode ser atribuída ao nível dos carros.

Nos últimos anos, as aparições de Binotto na mídia foram limitadas a algumas coletivas de imprensa da FIA. Ele manteve um perfil silencioso, deixando os resultados falarem na pista.

Desde 1992, a Scuderia não tinha um chefe de equipe cuja formação fosse puramente técnica. O último foi o engenheiro Claudio Lombardi, sucedido uma série de gerentes com treinamento esportivo: Jean Todt, Stefano Domenicali, Marco Mattiacci e Maurizio Arrivabene.

Binotto se descreve como um homem com pulso firme, capaz de impor seus critérios, mas também bom para selecionar seus colaboradores. Esta será uma qualidade fundamental nos próximos meses, quando ele terá que delegar tarefas que ele pessoalmente realizou para ter tempo suficiente para criar uma visão global do time.

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