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Sobre pneus, GPDA descarta boicote e prefere diálogo

Presidente da associação de pilotos disse que não existe possibilidade de boicote após falhas nos compostos de Rosberg e Vettel em Spa-Francorchamps

Sebastian Vettel, Ferrari SF15-T
Sebastian Vettel, Ferrari SF15-T
Pneus danificado da Mercedes AMG F1 W06 de Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 na segunda sessão de treinos
Pirelli
Técnicos da Pirelli
Jenson Button, McLaren MP4-30
Fernando Alonso, McLaren MP4-30
Kimi Raikkonen, Ferrari SF15-T
Valtteri Bottas, Williams com Alex Wurz, Mentor de pilotos da Williams / Presidente da GPDA.
Sebastian Vettel, Ferrari SF15-T
Felipe Massa, Williams FW37

Os pneus da Pirelli continuam sendo o assunto do momento na F1. No GP da Bélgica, Nico Rosberg e Sebastian Vettel sofreram com falhas repentinas na borracha e ficaram furiosos – o piloto da Ferrari classificou a situação como “inaceitável”. Os dois germânicos pediram alterações em nome da segurança dos pilotos.

Em 2013, no GP da Grã-Bretanha, os pilotos sofreram com diversos estouros e a Pirelli foi muito questionada. Na época, a GPDA anunciou que seus membros poderiam entrar em greve no caso de uma situação semelhante. O presidente da GPDA, Alex Wurz, falou ao Motorsport.com e disse que a entidade descarta a possibilidade de qualquer tipo de paralisação neste momento.

"Estamos distantes de um cenário de boicote. Este tipo de coisa (estouros de pneus) tem acontecido com várias fabricantes ao longo dos anos, não somente com a Pirelli. Há uma linha tênue entre desempenho e segurança, nós sabemos disso e aceitamos. Às vezes, no entanto, precisamos parar e pensar em que ponto estamos, se ultrapassamos os limites do aceitável. É o que estamos discutindo agora”, contou

Conversas pré-GP da Itália

Wurz disse ainda que a GPDA tem estado em contato tanto com a Pirelli quanto com a FIA após a prova em Spa. A prioridade para todas as partes é garantir a segurança dos pilotos. As conversas seguem em andamento na semana do GP Itália, que será realizado no próximo domingo.

"Há um diálogo permanente, o que é extremamente importante para que o esporte continue evoluindo, com a troca de conhecimentos e informações entre o que os pilotos pensam, o que a Pirelli pensa e qual é a posição da FIA no assunto”, contou.

"Há negociações em andamento. Nestas situações, com algumas partes envolvidas, é melhor manter os detalhes em segredo por enquanto, é o melhor a se fazer. O que eu posso dizer é que todos os envolvidos têm colocado a segurança dos pilotos em primeiro lugar”, revelou o austríaco.

Não é hora de apontar o dedo para ninguém

Ainda que nem Pirelli nem a Ferrari tenham emitido uma declaração oficial sobre o estouro de pneu no carro de Vettel, Wurz disse que o mais importante agora é ter certeza de que isso não se repetirá no futuro.

"Em relação às duas falhas de pneu em Spa, um já tem explicação, enquanto o outro ainda está sob investigação. Mas, como eu disse, a história da categoria está repleta de casos semelhantes. Não queremos culpar ninguém, apenas queremos saber como será no futuro e quais serão os passos tomados. Isso ainda não está decidido, então não quero entrar em detalhes”, encerrou Wurz.

Na semana passada, a FIA disse que está pronta para reforçar qualquer orientação de segurança proposta pela Pirelli com o objetivo de evitar novos problemas com os compostos no GP da Itália.

Entrevista por Sam Smith

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