F1 - Susie Wolff comenta 'caso Horner': "Foi uma verdadeira vergonha"
Ex-piloto de testes da Williams e diretora da F1 Academy avaliou os impactos da polêmica do ex-chefe da Red Bull na categoria

O caso envolvendo Christian Horner e uma ex-funcionária da Red Bull, que acusou o então chefe de equipe de assédio sexual, agitou o paddock da Fórmula 1 em fevereiro de 2024. Susie Wolff, diretora da F1 Academy, comentou sobre como a situação abalou a imagem da F1 e também da categoria de formação voltada à integração de pilotos mulheres no automobilismo.
A ex-piloto de testes da Williams entre 2014 e 2015 revelou, ao Daily Times, que o executivo da Red Bull foi um dos grandes apoiadores da F1 Academy e que a polêmica 'manchou' a categoria: "Christian [Horner] apoiava a F1 Academy e sempre serei grata por isso", começou Susie Wolff.
"Foi uma verdadeira vergonha para o esporte - todo o drama que foi criado com as alegações. Estávamos tendo um impulso muito positivo com a F1 Academy, e tudo isso começou e, de repente, todos queriam me entrevistar sobre o assunto.
Susie também revelou que Horner 'interpretava muito bem um personagem", mas que a polêmica manchou a imagem da categoria como um todo: "Mas acho que esse incidente talvez não tenha sido o melhor para a imagem do esporte e mostrou que ainda temos trabalho a fazer".
Relembre o caso
Uma ex-funcionária chegou a escrever uma carta à Red Bull em dezembro de 2023, fazendo alegações de assédio sexual e comportamento coercitivo e controlador contra Horner. As alegações se tornaram públicas em fevereiro de 2024. O britânico negou e o time austríaco deu início a uma investigação interna, que rejeitou as denúncias.
Um dia depois da resolução da Red Bull, um conjunto de mensagens de WhatsApp, supostamente envolvendo Horner e a ex-funcionária, vazou para altos funcionários da F1 e para a mídia, repercutindo em todo o mundo.
Horner se recusou a dizer se as mensagens eram genuínas, descrevendo-as como "anônimas e especulativas de fonte desconhecida". Uma segunda investigação chegou a ser aberta, mas também inocentou o ex-chefe de equipe. A mulher que o acusou, atualmente trabalhando na Cadillac, chegou a ser afastada e, eventualmente, demitida, mas escolheu levar o caso para a esfera trabalhista.
O caso foi processado sob sigilo no Reino Unido por causa de uma restrição de reportagem (Reporting Restriction Order, em inglês), que impossibilitou a mídia de repercutir os detalhes do processo. A ordem foi pedida pela equipe de defesa de Horner em abril do ano passado e segue válida.
A resolução do caso acontece alguns dias após Horner encerrar oficialmente seu contrato com a Red Bull, que iria até 2030, assinando uma rescisão que acredita-se estar entre 70 e 100 milhões de dólares (entre R$370 e R$530 milhões).
Especula-se que o britânico esteja buscando um retorno a F1, não somente como chefe de equipe, mas também para atuar em um papel de acionista, de maneira similar à posição de Toto Wolff na Mercedes. A Haas já revelou ter sido abordada, enquanto Aston Martin e Williams parecem abertas a negociações.
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