Verstappen aceita carros de F1 mais lentos para que o 'show' melhore
Piloto da Red Bull expressou sua opinião sobre o que a Fórmula 1 precisa fazer para melhorar a competição
Max Verstappen deu sugestões para tornar a Fórmula 1 mais atrativa, tendo em vista as novas regras que entram em vigor em 2021. O domínio absoluto da Mercedes na era dos motores híbridos diminuiu o interesse do público pela categoria máxima do automobilismo. Atualmente, um grupo de trabalho dirigido por Ross Brawn está estudando possíveis melhorias para o esporte. O holandês tem sua própria opinião do que deveria ser feito.
“O grande problema que temos como pilotos é que não podemos apertar quando estamos atrás de alguém, porque os pneus superaquecem e não podemos seguir os rivais de perto porque perdemos carga aerodinâmica”.
As alterações nas regras para 2019 deram espaço para aerofólios dianteiros mais simples, o que unido a outros ajustes menores facilitaria que os carros seguissem uns próximos aos outros. Embora a carga aerodinâmica que se perde nas perseguições tenha sido minimizada, seguimos vendo corridas em que aquele que vai à frente desacelera o ritmo e o de trás não consegue ultrapassar.
O piloto da Red Bull lamentou isso: “Ao final, essas são coisas mais importantes entre as que temos que trabalhar para que a Fórmula 1 seja melhor para os fãs. Em certas pistas podemos ir um segundo mais lento do que realmente poderíamos ir, e mesmo assim ninguém nos ultrapassará, simplesmente porque não podemos perseguir uns aos outros”.
Verstappen defende que há diferentes maneiras de abordar esse problema e admite que aceitaria inclusive carros mais lentos se isto melhorasse o espetáculo: “Em 2015 e 2016 dissemos que os carros eram muito lentos, que tinham pouca aderência e que patinavam muito. Então fizeram os carros ficarem mais largos e com mais pressão aerodinâmica. Porém há outras formas de criar essa carga sem perder velocidade quando persegue alguém. Creio que deveriam pensar nisso”.
“Agora há as quebras de recordes nas pistas, mas eu não acredito que se trate disso. Se queremos apenas ir cada vez mais rápido, que coloquem um robô no carro. Não, também precisa ser divertido para os fãs. Se reduzirmos a velocidade em um ou dois segundos, tudo bem, não importa, se nós pudermos seguir o carro da frente”.
Na busca por novas regras, há uma importante batalha de egos e interesses, com cada escuderia buscando seu próprio benefício. O jovem piloto vê claramente que a FIA deveria ser totalmente imparcial e decidir por conta própria: “A Mercedes está contente com as regras atuais e não acredita que as coisas deveriam mudar muito. Outras equipes que não estão indo tão bem querem mudar tudo, embora suas opiniões tenham menos peso na discussão”.
“Se você tem um motor Ferrari como equipe cliente, então está com a Ferrari. E se tem uma equipe com motor Mercedes, então está com a Mercedes. Há muita política por trás disso. Deveria haver apenas uma pessoa na FOM ou na FIA que diga: ‘Ok rapazes, vamos fazer isto’”.
Por último, quando perguntaram se crê que a chave para o sucesso da F1 são as poucas ultrapassagens, o holandês defendeu: “Algumas corridas que são divertidas, porém em geral é difícil ultrapassar. Esperemos que possam fazer algo a respeito”.
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