Vettel admite que "não foi certo" desrespeitar Ferrari na Rússia; Leclerc diz que é preciso "obedecer às ordens de equipe"
Pilotos da escuderia italiana dão suas versões sobre a etapa de Sochi e relatam conversa com o chefe de equipe em Maranello
Sebastian Vettel admitiu que ignorar as ordens de equipe da Ferrari no GP da Rússia de Fórmula 1 "não foi certo", mas que a controvérsia já foi esclarecida. Segundo o alemão, o chefe da escuderia, Mattia Binotto, falou com ele e com Charles Leclerc para resolver tudo em Maranello.
Em Sochi, o tetracampeão assumiu a liderança no início da prova, após um acordo pré-corrida que determinava que o pole Leclerc deveria dar vácuo ao seu companheiro alemão, de modo a não dar chances ao britânico Lewis Hamilton, que largou em segundo com a Mercedes.
No entanto, quando solicitado posteriormente a trocar de posição com Leclerc, Vettel não o fez e deixou o jovem monegasco frustrado, ocasionando uma série de comunicações via rádio entre a Ferrari e seus pilotos.
Questionado sobre a conversa com Binotto, Vettel respondeu: “Tudo está claro. Houve uma conversa, mas também houve outras. Eu não faria tanto barulho por toda a história. Acho que também houve coisas positivas na Rússia. Pela primeira vez, tivemos um ritmo muito bom na corrida para enfrentar a Mercedes. Nas outras corridas, estávamos na frente aqui e ali, mas em geral éramos um pouco mais lentos. Portanto, há coisas positivas e outras não tão positivas”.
"Qual acordo houve ou não, ou quem está certo e quem não está, talvez isso não seja tão importante. Mas é claro que recebi a mensagem no rádio para mudar de posição e não fiz isso. E isso certamente não foi certo", disse o alemão.
"Obviamente, há certas coisas que poderíamos ter feito melhor olhando para trás. No final, estamos ansiosos pela corrida no Japão e pelas próximas corridas, então não estou preocupado demais".
Vettel também negou que as performances de Leclerc estejam causando pressão ou tenham influenciado na decisão de não ceder a liderança ao monegasco em Sochi. "Não, de jeito nenhum”, afirmou o tetracampeão.
“Obviamente, não fico feliz se for mais lento, seja no treino livre, na qualificação ou na corrida, mas também era assim nos anos anteriores. Eu não acho que seria diferente com qualquer outra pessoa que estivesse no outro carro. Mas Charles está fazendo um bom trabalho”.
'Outro lado'
Como Vettel, Leclerc também se mostou disposto a minimizar a situação das ordens de equipe, insistindo que a situação está resolvida. "Obviamente houve algum mal-entendido no carro", disse ele. "Mas acho que tivemos uma discussão e tudo está claro agora”.
“Claro que parecia uma grande coisa para quem via do lado de fora - o que definitivamente não era, mas agora está tudo bem. Desde o início da temporada, precisamos obedecer às ordens das equipes e essa situação não estava clara para os dois pilotos, o que é a coisa mais importante. Então conversamos sobre isso e garantiremos que essa situação não aconteça novamente no futuro”.
"Eu acho que, como equipe, a prioridade é sempre fazer o bem para todos, mas, como seria em todos os times, Seb quer me derrotar, e eu quero vencê-lo. Mas a prioridade é fazer o bem para a equipe, o que todos fazemos".
Leclerc ainda enfatizou que seus horários não lhes permitiam ter uma conversa conjunta com o chefe da equipe em Maranello na semana passada: "Infelizmente eu tinha algumas coisas para fazer no dia em que ele estava em Maranello, então não tivemos a chance de nos encontrarmos juntos - mas eu tive uma reunião e Mattia teve uma com Seb no dia anterior. Está tudo bem, como eu disse”.
Ferrari completa 90 anos e passa por jejum
A marca italiana completou nove décadas no fim de semana do GP da Itália. A equipe não vence um mundial desde 2008, quando foi campeã de construtores. O último título de pilotos foi o de Kimi Raikkonen, em 2007, o único da era pós Schumacher. Enquanto a Ferrari busca novas conquistas na F1, relembre todos os carros da lendária equipe na elite do automobilismo mundial:
Vettel x Leclerc
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