Confiante para Punta, Di Grassi espera manter liderança
Líder da segunda temporada da F-E, brasileiro reconhece superioridade dos carros da e.Dams, mas aposta na confiabilidade e no trabalho de equipe para se manter na primeira posição do campeonato
Lucas di Grassi, líder da segunda temporada da Fórmula E, disputa o ePrix de Punta del Este no próximo sábado com o objetivo de manter a primeira posição no campeonato. O brasileiro reconhece, no entanto, que será uma tarefa difícil, já que os carros da e.Dams se mostraram os mais velozes nas duas primeiras etapas da temporada.
Di Grassi, que conversou com a imprensa durante evento promovido pela Audi nesta segunda-feira (14), em São Paulo, aposta na confiabilidade do carro da ABT - com o qual ele conseguiu um segundo lugar na prova de abertura, o ePrix de Pequim, e venceu o ePrix de Putrajaya.
A prova malaia, segundo o piloto, foi um desafio em relação ao gerenciamento dos conjuntos motrizes e o trabalho em conjunto - no cockpit e na garagem - foi fundamental para o triunfo, que dá ao brasileiro oito pontos de vantagem sobre Sébastien Buemi (43 a 35), vice-líder da temporada.
“Durante a corrida (na Malásia), tivemos que mudar bastante as posições de potência e de recuperação (de energia) para manter estável a temperatura dos componentes. Quem não conseguiu fazer isso teve problemas. No final, foi ótimo para mim, pois consegui a vitória e a liderança do campeonato", disse.
"Espero que as próximas corridas – em Punta del Este e Buenos Aires – sejam bem quentes, para que consigamos manter a liderança", afirmou o piloto, que evitou fazer prognósticos precisos sobre o que acontecerá na prova do próximo sábado.
“No ano passado, terminamos em terceiro. Não foi nossa melhor corrida, mas esteve longe de ser a pior. Espero que estejamos entre os três, cinco primeiros – e isso acho que é possível. Mas é difícil falar se será possível vencer, se vamos encontrar um bom acerto. Nesse sentido, a qualidade do piloto e da equipe pode fazer a diferença, então estou confiante em um bom resultado, mas teremos que dar 100%", disse di Grassi, que vê a equipe que representa como segunda força na temporada.
“A Renault investiu muito de uma temporada para outra e conseguiu uma boa vantagem. Acho que somos a segunda força, com outras equipes próximas da gente. Também evoluímos, dentro do que podemos fazer, mas ainda precisamos melhorar alguns décimos para alcançar a e.Dams. Em Pequim a diferença era muito grande, em Putrajaya já foi menor e acreditamos que em Punta isso possa ser reduzido ainda mais”, disse.
Essa evolução, entretanto, é limitada pelo regulamento, como conta o piloto. “Durante o ano, nada na parte de hardware. Após a homologação do sistema – motor, câmbio – a FIA dá o ok e você só pode usar um motor e câmbio por ano. Se houver a necessidade de trocar, o piloto perde posições no grid, de forma semelhante ao que acontece na F1", afirmou.
"Podemos avançar na parte de software, um pouco na refrigeração. Estaremos perto ou atrás da e.Dams durante o ano todo, então será difícil. Para ganharmos o campeonato, será na estratégia, na inteligência durante a corrida e não na performance em si”, completou.
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