F-E: Etapa do México em Puebla ganha força com possibilidade de presença de público

Palco tradicional da etapa mexicana, o Autódromo Hermanos Rodriguez foi convertido em hospital de campanha durante a pandemia

Fans in the grandstand

A viabilidade da Fórmula E realizar um ePrix no México próximo à cidade de Puebla ganhou uma injeção de ânimo após o governo local permitir a presença de uma quantidade limitada de fãs em eventos esportivos.

O ePrix da Cidade do México acontece tradicionalmente no Hermanos Rodriguez, e a etapa estava inicialmente marcada para 13 de fevereiro, sendo a segunda etapa do calendário, mas foi adiada ainda no ano passado.

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Buscando realizar um recorde de 15 corridas nesta temporada, a primeira como Campeonato Mundial da FIA, a organização está analisando a possibilidade de correr no México como parte de uma sequência de corridas nas Américas, junto de Santiago e Nova York.

Porém, como o Hermanos Rodriguez é usado atualmente como um hospital de campanha na luta contra a Covid-19 no México, a F-E precisou buscar pistas alternativas no país, como dito anteriormente pelo CEO da categoria Jamie Reigle.

O pouco conhecido Autódromo Miguel E. Abed, próximo a Puebla, localizado a cerca de 150 quilômetros da capital, surgiu como uma candidata a receber a etapa do México, tendo recebido entre 2005 e 2009 etapas do Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC).

O presidente da FIA, Jean Todt, confirmou durante o ePrix de Roma o interesse pelo circuito, que possui diferentes configurações, incluindo um oval de cerca de dois quilômetros.

"Precisamos de alguma criatividade e decidir correr em um circuito que seja um pouco diferente de um clássico. É por isso que está decidido que em países como o México, não podemos correr na Cidade do México".

"Neste caso, podemos apostar em um circuito mais específico, como em Puebla. Assim, precisamos de criatividade e adaptação".

 

Segundo apurado pelo Motorsport.com, já existe um traçado de 2,9 quilômetros proposto pelo circuito de Puebla que já está sendo discutido com a F-E. 

Na segunda, de acordo com publicação do jornal local Milenio Diario, o governo local anunciou que permitirá a presença de público nos jogos do time local de Puebla em capacidade limitada, algo que estava proibido desde 23 de março de 2020.

O governo local indicou que esse passo se dá pela falta de indicações no momento da chegada de uma terceira onda de casos. A organização já teria iniciado também conversas com as autoridades locais para criar um protocolo que permita um número reduzido de fãs no circuito também.

Motorsport.com apurou também que a F-E adiou o lançamento da nova leva de corridas do calendário de 2021. Isso vem após Roma e Valência ganharem status de rodada dupla, enquanto Marraquexe deve cair do calendário.

Excluindo a etapa do Marrocos, a F-E teria nove das 15 etapas esperadas para a temporada atual em três continentes diferentes, com as rodadas duplas em Diriyah, Roma, Valência e Santiago, marcado para 05 e 06 de junho, além do ePrix de Mônaco, em 08 de maio.

Robin Frijns, Envision Virgin Racing, Audi e-tron FE05 battles with Lucas Di Grassi, Audi Sport ABT Schaeffler, Audi e-tron FE05 at the start

Robin Frijns, Envision Virgin Racing, Audi e-tron FE05 battles with Lucas Di Grassi, Audi Sport ABT Schaeffler, Audi e-tron FE05 at the start

Photo by: Sam Bloxham / Motorsport Images

Fórmula E deve criar Pacto de Concórdia similar ao da F1

Outra novidade que deve aparecer na F-E nos próximos meses é a criação de um Pacto de Concórdia, assim como o usado pela F1 atualmente, com o objetivo de definir mais corretamente os acordos que existem entre equipes e transmissoras.

O acordo comercial deve entrar em vigor junto com o teto orçamentário, quando o regulamento técnico do Gen3 for introduzido, na temporada 2022-23, para "garantir a sustentabilidade financeira e atratividade comercial" do campeonato.

Ele deve determinar quais partes têm controle sobre transmissões ao vivo e o que as equipes podem produzir de modo próprio a cada corrida. No momento, há poucas restrições sobre o que pode ser filmado, mas há limitações sobre quais imagens podem ser incorporadas, mas tudo pode ser negociado caso a caso.

Jamie Reigle, CEO da F-E, disse ao Motorsport.com: "Estamos trabalhando neste acordo comercial. Em termos simples, lida com os limites de direitos entre promotores e equipes".

"Isso foi algo que me surpreendeu quando eu cheguei no ano passado. Na Premier League, tudo é muito claro. A maioria das ligas profissionais têm regras claras entre seus participantes. É nisso que estamos trabalhando".

O acordo comercial também tem como objetivo aumentar a audiência da F-E na televisão, formalizando quanto tempo o campeonato terá na programação nos diversos canais.

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