Análise

ANÁLISE: O "novo normal" que Márquez enfrentará em sua volta à MotoGP

Após a lesão que o hexacampeão sofreu na temporada passada, a categoria sofreu modificações profundas

Marc Marquez, Repsol Honda Team

Desde que Marc Márquez fez sua estreia na MotoGP, em 2013, até a temporada 2019, o espanhol ganhou seis dos sete títulos que disputou, vencendo impressionantes 56 dos 127 GPs que participou, tendo 44% de aproveitamento.

Neste período, apenas Jorge Lorenzo conseguiu querbrar sua hegemonia, conquistando o título de 2015. E, ao longo desses sete anos (até 2019), apenas dez pilotos venceram provas além de Márquez.

Leia também:

Todos os pilotos que venceram na MotoGP além de Márquez entre 2013 e 2019

Piloto Número de vitórias

Jorge Lorenzo 

24
Andrea Dovizioso 13
Valentino Rossi  10
Dani Pedrosa 9
Maverick Viñales 7
Cal Crutchlow 3
Alex Rins 2
Jack Miller 1
Andrea Iannone 1
Danilo Petrucci 1

Essa situação contrasta com o que tivemos na temporada 2020, sem a presença de Márquez. Na prova onde sofreu a queda, Fabio Quartararo garantiu sua primeira vitória na categoria rainha e, depois do francês, Brad Binder, Miguel Oliveira, Franco Morbidelli e Joan Mir também conseguiram seus primeiros triunfos. No total, tivemos nove vencedores diferentes ao longo de 14 provas, dois a menos que nos 127 GPs anteriores que tiveram Márquez no grid.

Quando voltar à MotoGP, Márquez se encontrará em um grid onde 10 de seus 21 rivais sabem o que é ganhar na categoria rainha, contra apenas sete antes de sua lesão.

Los nueve ganadores de 2020

Los nueve ganadores de 2020

Pela segunda vez desde sua estreia na MotoGP, o catalão não estará defendendo o título. Mir tirou essa marca do piloto da Honda e, com isso, o grid terá um terceiro campeão na categoria rainha, junto com Valentino Rossi.

O espanhol também não terá ao lado no grid seu principal oponente nos últimos anos. Andrea Dovizioso, vice-campeão entre 2017 e 2019, não estará no grid por pelo menos um ano. Com isso, ele terá que enfrentar novos rivais.

Se no plano geral tivemos uma mudança de panorama, a situação não é diferente no box oficial da Honda. Márquez realizaria um sonho em 2020 dividindo a equipe com seu irmão mais novo, Álex. Mas em 2021 não será assim, com Pol Espargaró substituindo o Márquez mais novo, o que deve criar uma luta interna mais dinâmica do que vimos anteriormente.

Além disso, 2021 deve causar uma revolução no grid da MotoGP. 13 dos 22 pilotos mudaram de equipe. Todas as equipes oficiais, exceto a Suzuki, fizeram pelo menos uma modificação em suas peças e até o todo-poderoso Rossi foi "rebaixado" para a Petronas.

A Honda enfrentará também um ano importante, onde precisa remover a imagem ruim que ficou de 2020. A montadora japonesa teve sua pior temporada em quase quatro décadas, terminando em penúltimo entre os construtores. E pelo que foi visto em 2019, Yamaha e Ducati não são mais as únicas rivais diretas. A Suzuki demonstrou também estar à altura, podendo lutar de igual para igual.

E se isso fosse pouco, a KTM começa a se juntar à festa, podendo ainda colocar uma moto completamente nova na pista em 2021 por conta do regulamento, algo que as outras não poderão fazer devido ao congelamento do motor.

Se "novo normal" é um termo que passamos a nos acostumar devido à pandemia, a ausência de Márquez também mudou a cara de uma categoria que era dominada com mãos de ferros há anos.

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