Rossi não aceita que “seu momento acabou”, diz chefe da Honda
Ex-piloto Alberto Puig diz que nunca viu de Márquez fazendo “algo malicioso” contra o italiano apesar de polêmicas
Chefe da Honda na MotoGP, Alberto Puig disse que Valentino Rossi está "com dificuldade em aceitar" que já não é o piloto de referência do campeonato. Rossi se estabeleceu como uma lenda do esporte ao conquistar sete títulos na MotoGP, mas não consegue aumentar este número desde 2009.
Em 2015, quando Rossi ficou a cinco pontos do título, ele se tornou rival do piloto da Honda Marc Márquez, que neste ano garantiu o pentacampeonato da MotoGP.
A relação entre os dois permanece tensa, e Puig – que assumiu o papel de chefe de equipe na Repsol Honda no início do ano – sugere que Rossi é o culpado da inimizade.
"Valentino tem sido um ótimo piloto", disse Puig ao jornal espanhol La Vanguardia. “Ele tem todo o meu respeito”.
“Na sua idade [39], ele ainda tem o desejo, o talento para ir rápido e ele não aceita não ser capaz de vencer. Mas ele está tendo dificuldade em aceitar que seu momento acabou. Às vezes, os métodos que ele usa não são os certos. Em nenhum momento vi Márquez fora da linha, fazendo algo malicioso contra Rossi. Foram sempre incidentes de corrida.”
“Eu respeito Rossi, mas na vida tudo tem seu momento. E ele goste ou não, Marc é o número um agora.”
Rossi foi extremamente crítico frente a Márquez no início deste ano depois que uma colisão com o espanhol o fez cair no GP da Argentina.
Márquez tentou se desculpar com Rossi depois da corrida, mas foi agressivamente rejeitado pelo amigo e braço direito do italiano, Uccio Salucci. Rossi recusou a oferta de um aperto de mão com Márquez durante uma coletiva de imprensa em Misano.
“Marquez não se importa com a maré de opiniões que está sendo gerada a partir do ambiente de Vale”, continuou Puig.
"Pelo contrário, sentimos fraqueza em suas ações."
Puig, que foi decisivo na contratação de outro concorrente de Rossi, Jorge Lorenzo, para a Honda em 2019, descreveu Márquez, de 25 anos, como "muito próximo" de um piloto perfeito.
"Marc não age como um superstar, ele não finge ser alguém que ele não é", disse Puig.
“Ele tem a humildade e a curiosidade de ouvir, aprender e ter respeito. Quando ele entra na moto, ele é um verdadeiro assassino, que é o que ele tem que ser. Ele é uma máquina programada para ir a toda velocidade.”
“Perfeição não existe, mas ele é bem próximo. Perfeição é ser o melhor e ele é. Dada a idade dele, ele ainda tem espaço para crescimento.”
Marc Marquez, Repsol Honda Team, Valentino Rossi, Yamaha Factory Racing
Photo by: Gold and Goose / LAT Images
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