Atual campeão da Carrera, Costa fala sobre ‘volta’ à Porsche como coach e estreia no WEC

Brasileiro foi escalado para correr na parceria entre a McLaren e a United no Mundial de Endurance

Nicolas Costa

Foto de: Luca Bassani

O paddock da Porsche Cup no Velocitta viu o retorno de um velho conhecido nesta sexta-feira (05). Atual campeão da classe Carrera Cup, Nicolas Costa voltou à categoria, mas não como piloto, e sim como coach, dividindo suas funções com o WEC, onde corre pela equipe United Autosports McLaren na classe GT3.

Nicolas teve um 2023 de grande sucesso no campeonato Sprint, vencendo ou subindo ao pódio em todas as etapas, incluindo a conquista do título na preliminar da F1 com direito à vitória nas duas corridas daquele final de semana.

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Ele retorna agora à categoria na condição de coach do piloto Bruno Campos, mas isso não diminui sua vontade de voltar a acelerar a bordo do 992.

“Sem dúvidas [dá vontade de correr]. A Porsche Cup por si só é incrível, sem contar o fato de eu ser completamente viciado nesse esporte. Os carros são demais, o evento é muito legal, com certeza dá vontade de dar uma acelerada”.

O piloto carioca falou sobre o quão diferente é o trabalho de um coach em comparação ao de um piloto.

“Você precisa reanalizar a situação que você está. Obviamente, cada piloto tem uma meta, a nossa meta é ganhar a nossa categoria que é a Rookie, estou como coach do Bruno Campos”.

“Ele tem total capacidade de fazer, então, é o trabalho de desenvolvimento de uma outra pessoa, tem de entender como cada um funciona, como extrair performance de cada pessoa e essa é a função aqui”.

“O principal é usar a minha experiência de uma maneira que seja mais fácil possível aplicável que alguém que não sou eu. Então, sei exatamente o modo que eu preciso fazer, cada pessoa funciona de uma maneira. Então, você se adaptar com o piloto que você está fazendo coach para que ele entenda a informação que você está passando e aplique da melhor maneira possível”.

Segundo Costa, acompanhar a ação de pista do lado de fora “é muito pior”.

“É muito pior, você fica muito mais tenso. Dá vontade de você estar dentro do carro, porque eu também sou muito competitivo, quero que meu piloto vença tanto quanto eu quero vencer quando estou correndo. Então, ficar do lado de fora é tenso”.

Mas o foco de Nicolas este ano está em seu programa com a McLaren no WEC. O brasileiro já disputou a etapa inaugural da temporada, no Catar, e agora se prepara para as 6 Horas de Ímola, em 21 de abril.

“É incrível, um sonho que se torna realidade. Achava que era uma possibilidade tão pequena e que no final das contas deu certo, né. Então, ter a oportunidade que estou tendo é um grande sonho. Também tem sido um grande aprendizado chegar em um palco mundial como esse, uma equipe tão profissional como a United Autosports McLaren, você aprende todo dia”.

“Definitivamente estou trabalhando muito em mim mesmo para ser minha melhor versão e lidar o melhor possível com o desafio, performar, porque quero performar sempre não interessa o nível dos pilotos que estão à minha volta, quero estar ali, competindo, estar melhor do que os outros. Claro, isso é sempre mais difícil a medida que o nível vai aumentando, mas a meta é sempre essa e estamos no caminho certo”.

Mas Nicolas enfrenta uma realidade bem diferente da que tinha na Porsche, trocando as provas de 25 minutos pelas de longa duração.

“Você realmente precisa ter essa chavinha porque nada é decidido na hora. Aqui, muitas vezes quando você ganha a posição na primeira curva, você consegue manter até o final da corrida, e quando a corrida tem 10h, não é exatamente assim”.

“Então, toda estratégia é muito mais profunda e precisa fazer junto com a equipe. Tem a hora de acelerar tudo, tem a hora de arriscar, a de ser mais cauteloso, a de poupar combustível, pneu, freio, enfim. É tudo um grande aprendizado”.

E sua grande expectativa no momento é a etapa brasileira, as 6h de São Paulo, marcada para o dia 14 de julho em Interlagos.

“Estou animadíssimo, acho que é a pista que mais conheço do calendário, mas principalmente representar o Brasil em um palco mundial, ainda mais carregando o nome da McLaren, é uma grande responsabilidade, mas também uma grande honra. Uma honra que estou preparado para carregar, ansioso para ver o público, para ser o representante brasileiro junto com o Augusto [Farfus], e tanto eu quanto ele estamos muito felizes”.

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