Fraga diz que acidente em Curitiba “mudou sua vida” em 2015
Após “PT” em carro, piloto foi obrigado a trocar de chassi e encontrou muito mais estabilidade em novo conjunto
Depois de um 2014 bastante satisfatório, o início de 2015 para Felipe Fraga não foi dos melhores. Sem resultados expressivos, o piloto da Voxx acabou sofrendo com dúvidas sobre seu próprio desempenho.
Mas aí veio o maior susto de sua carreira na Stock Car: um fortíssimo acidente na etapa de Curitiba, quando acertou em cheio a traseira do carro de Thiago Camilo que vinha lento na reta. Porém, quem diria, o ano do piloto tocantinense melhorou a partir daí. Após trocar para um carro mais equilibrado, Felipe passou a conquistar resultados melhores, incluindo uma vitória em Campo Grande (MS).
“Até o meio do ano não tivemos bons resultados, mas eu e a equipe analisamos os resultados e entendemos que o meu carro não era muito rápido”, contou Fraga ao Motorsport.com.
“Mas depois do meu acidente em Curitiba, o chassi deu ‘PT’. O acidente mudou a minha vida. Antes da batida eu até já estava ficando meio mal, porque em todo treino eu tomava do Marcos (Gomes) e não era pouco. Vinha de uma fase boa, confio no meu potencial, mas não conseguia fazer as voltas.”
“Olhava os gráficos para comparar e via algumas coisas que eu não conseguia fazer. Comecei a pensar que tinha algo errado comigo. Depois do acidente tive outro carro e aí foi outra tocada. Acho que foi o chassi.”
Segundo Fraga, o equilíbrio de seu primeiro carro era muito mais arisco do que o de seu segundo.
“Sem querer criticar a JL (empresa que faz o chassi da Stock Car), mas não há um controle de qualidade de alto nível”, falou.
“Não tem como falar que eles fazem 30 chassis e todos saem iguais. É difícil dizer. Mas meu carro atual é muito bom. O outro dava uma traseirada e eu já rodava. Não conseguia segurar o carro. O meu de agora, já não. Fico com ele de lado, viro o volante inteiro e ele vai para onde eu quero.”
A história do chassi
Fraga também contou as circunstâncias de sua troca de carro no ano passado. Sem chassis sobressalentes na JL, ele teve duas opções. Ou correr a Corrida do Milhão com um chassi que havia caído do caminhão de sua equipe em Salvador nos anos anteriores, ou correr com um chassi da equipe ProGP, que não estava competindo.
Depois de julgar que o chassi da ProGP estava pior do que o que tinham na fábrica, a Voxx decidiu montar o carro de Fraga no chassi que havia sofrido danos no caminhão da equipe.
“É uma história engraçada”, lembrou Fraga. “Mas este carro de agora (e que será usado em 2016) é voador.”
“Em 2015 eu fiz o mesmo que em 2014. Mas fiz um monte de cagada. Mesmo que meu carro não estivesse tão bom, poderia ter chegado talvez em quinto no campeonato se não tivesse cometido alguns erros.”
“Bati em Ribeirão Preto sozinho, mas tive problemas mecânicos também. De qualquer forma, neste ano fico com a mesma guiada. Stock não é só ganhar.”
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