Conti, piloto estreante no Dakar finaliza no top 6 da T4, ao lado de Prata
Na 14ª e última etapa, Rodrigo Luppi/Maykel Justo fecharam em 5º nos UTVs T4 e Conti/Bianchi em 6º
Após uma jornada intensa de duas semanas e mais de 8.500km percorridos na Arábia Saudita, terminou neste domingo, às margens do Golfo Pérsico, em Damman, o 45º Rally Dakar.
Na 14ª e última etapa com uma Especial (trecho cronometrado) de 138km, Rodrigo Luppi/Maykel Justo #406 garantiram a 5ª posição (1h24m20s) nos UTVs T4, seguidos de Bruno Conti/Pedro Bianchi Prata #409 que chegaram em 6º (1h24m28s) e cumpriram a aventura no deserto que teve largada no dia 1º, na região do Mar Vermelho.
Estreante e o piloto sul-americano mais jovem da edição 2023, Conti, ao lado do português Bianchi Prata, finalizou o Dakar na 6ª colocação na geral dos UTVs T4.
Já Luppi/Justo fecharam a segunda participação da dupla na competição em 29º na categoria, após liderarem por três etapas consecutivas. As duplas pilotaram UTVs Can-Am Maverick XRS preparados pela South Racing. Vale ressaltar que foram 45 veículos na disputada categoria.
“Não imaginei que o Dakar fosse tão difícil, a experiência ao lado do Pedro valeu muito a pena, a corrida tem seu valor e, agora entendo, porque é tão prazeroso ganhar pela dificuldade que enfrentamos. Inclusive, muita gente comentou que foi uma das edições mais duras".
"Valeu a pena todo o esforço e tempo dedicado para estar aqui.”, diz Conti de 18 anos, que fez a preparação para o maior rali do mundo participando o Rally do Marrocos, South American Rally Race (Argentina) e o Rally dos Sertões.
“Nosso saldo foi muito positivo 6º na geral dos UTVs, 2º Melhor Rookie (estreante) e fiquei em 4º na classificação do Mundial de Rally Cross Country. Foi um grande feito e um honra estar entre os top 6 e fica um gosto de quero mais para 2023. Muito obrigado a todos que nos apoiaram”, completa o piloto paulista.
Com 12 participações no Dakar, o experiente piloto português disputou duas como navegador nos UTVs e 10 nas motos.
“Mais um Dakar concluído e foram duas semanas complicadas, mas se não for difícil não tem graça. É a primeira vez que navego para um estreante, o Bruno é um bom piloto mas muito jovem ainda e minha responsabilidade foi redobrada. De todas as edições que fiz na Arábia essa foi a com a primeira semana mais dura para pilotos e veículos”, explica Bianchi Prata.
Em 2022, Luppi estreou no Dakar e também finalizou em 6º nos UTVs T4, mas nesta edição problemas mecânicos lhe tiraram a liderança e, a partir da 10ª etapa, passou também a “mochilar” o Bruno para caso precisasse de algum auxílio estariam a postos.
“Completamos mais um Dakar, uma prova muito dura e cheia de adversidades, alguns chegaram a dizer que foi a mais difícil dos últimos 14 anos. Com nossos perrengues, conseguimos nos superar e fizemos uma prova de recuperação dia a dia, tanto que hoje chegamos em 5º na geral”, ressalta o piloto, que completa:
“Esse ano além de competidor, tive a responsabilidade de pai, imaginar que o Bruno iria passar pelo menos lugares. Com 18 anos ficou em 6º na geral e 2º lugar entre os Rookies (estreantes). A cada etapa foi encontrando o ritmo e conquistou um excelente resultado. Foi muita emoção e estou bem orgulhoso. Agradeço nossos patrocinadores e toda a torcida e energia que mandaram para gente nestes dias.”
Tanto Bianchi Prata como Maykel Justo são dois competidores Legends do Dakar, cada um tem 12 edições no currículo e foram peças fundamentais para os resultados conquistados. Justo, natural de Taubaté (SP), já navegou para UTVs, carros e caminhões.
3º melhor brasileiro da edição
Dos 11 brasileiros no Dakar, apesar de estreante e mais jovem do grupo, Bruno Conti teve o terceiro melhor desempenho, atrás de Gustavo Gugelmin e Lucas Moras. Gugelmin foi Campeão na T3 ao lado do piloto norte-americano Austin Jones (Gugelmin foi navegador de Conti no Sertões 2022) e Moraes, em sua estreia, foi o 3º colocado na geral dos carros, ao lado do navegador alemão Timo Gottschalk, e conquistou o melhor resultado da história do Brasil na competição na categoria carros. Já Marcelo Medeiros terminou em 9º nos quadris, após vencer quatro etapas.
Os campeões do Dakar 2023 foram: Nasser Al-Attiyah/Mathieu Baumel (Carros), Kevin Benavides (Motos), Alexandre Giroud (Quadris), Austin Jones/Gustavo Gugelmin (Protótipos T3), Eryk Goczal/Oriol Mena (UTV T4), Janus Van Kasteren/Darek Rodewald/Marcel Snijders (Caminhões).
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.