Alonso questiona teto salarial de pilotos: "Nos usam cada vez mais para promover a F1"
Projeto sugerido há alguns anos limitaria o salário a 30 milhões de dólares por equipe para ambos os pilotos
Após a introdução do teto orçamentário em 2021, a Fórmula 1 planeja introduzir outros limitadores de gastos em áreas como desenvolvimento de motores e salários de pilotos. Mas Fernando Alonso questionou a possível introdução do teto salarial, em um momento no qual a categoria "nos exige cada vez mais" para promover o esporte.
Introduzido em 2021, o teto orçamentário limitou os gastos das equipes em 145 milhões de dólares, sendo reduzido para 140 em 2022 e com a previsão de 135 para 2023. Mas vale lembrar que, nos bastidores, as equipes pedem um reajuste deste valor, por causa da inflação e do aumento no custo dos fretes.
Mas esse valor possui algumas exclusões, como o salário dos pilotos. Só que a categoria e as equipes se movimentam para criar um teto nesta área também.
Durante o fim de semana em Mônaco, Alonso disse que não vê necessidade da F1 seguir este caminho, citando o quanto que os pilotos trabalham na promoção do campeonato.
"Não acho necessário. Os pilotos sempre estiveram fora desse tópico, e acho que os pilotos, eles nos usam cada vez mais para promover a F1. Fazemos cada vez mais eventos e temos mais contato com os fãs".
"Eles cobram cada vez mais de nós e se beneficiam disso. Então deveríamos ficar de fora desse teto. É bem complicado".
Carlos Sainz, Ferrari, speaks with Max Verstappen, Red Bull Racing, on the drivers parade bus
Photo by: Carl Bingham / Motorsport Images
Alonso não é o único a questionar a viabilidade do teto salarial, com nomes incluindo Lewis Hamilton, que disse anteriormente que isso pode afetar as estrelas mais jovens do esporte em meio a restrições nos direitos de imagem.
Frédéric Vasseur, chefe da Alfa Romeo, disse em Mônaco que, em sua visão, um teto salarial para pilotos e nomes chaves das equipes seria "o próximo tópico na mesa", com a categoria buscando uma sustentabilidade financeira maior.
O plano proposto anteriormente para o teto salarial determinava um limite de 30 milhões de dólares para cobrir ambos os pilotos. Caso esse número seja estourado, a diferença sairia do teto orçamentário de cada equipe.
O teto orçamentário volta a estar sob os holofotes com várias equipes pedindo um aumento no total de 140 milhões de dólares, devido a pressões financeiras causadas pela inflação e um crescimento no custo de frete, causado pela pandemia e a invasão russa à Ucrânia.
Em Mônaco, a Ferrari afirmou que não tem chance de terminar o ano sem estourar o teto para este ano, pedindo o aumento. Mas outras equipes não compartilham esta visão, sugerindo que os times maiores podem usar esse dinheiro extra para seguir desenvolvendo seus carros.
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