"Aprenderemos a lição. Agora, só pensamos em Jules", diz Vettel
Terceiro após largar em 9º, alemão revela que situação da pista no momento do acidente era "incrivelmente difícil"
“Acho que já mostramos que nosso carro no molhado anda mais perto mas acho que, hoje, tudo isso é secundário porque um de nós não está bem e desejamos logo ouvir alguma notícia boa”, declarou o piloto, que pulou para o quarto lugar no mundial.
[publicidade] “Não vi muito. Vi que havia bandeiras amarelas agitadas porque Adrian perdeu o carro e este estava sendo retirado. E o que aconteceu depois não vi nada, estava chovendo forte. Naquela curva não dava ficar olhando em volta.”
Após perder o controle de sua Marussia, Bianchi se chocou com o trator que fazia a remoção do carro de Adrian Sutil e foi encaminhado, inconsciente, para o hospital. Vettel testemunhou que a situação na pista no momento de ambos os acidentes, quando a chuva apertou, era complicada.
“Estava incrivelmente difícil. Acho que todos os pilotos sabem como estava escorregadio, sabem o quão fácil era perder o carro. Não sei exatamente o que aconteceu, mas agora não importa. Só esperamos ter boas notícias a respeito de Jules o quanto antes. Um acidente como esse é impossível de prever. Mas aprenderemos a lição. No momento, só estamos pensando em Jules”, frisou.
O tetracampeão evitou criticar diretamente a direção de prova pelas decisões tomadas durante uma corrida difícil pelas condições climáticas e lembrou que essa não é a primeira vez que a Fórmula 1 faz os pilotos correrem riscos desnecessários para fazer uma corrida em um horário que atenda aos interesses comerciais.
O piloto citou a decisão do campeonato de 1976, disputada também no Japão, mas no circuito de Fuji, sob forte chuva. Na ocasião, Niki Lauda, que brigava pelo campeonato com James Hunt, acabou desistindo de participar da prova por questões de seguranças e o britânico foi campeão.
“A Fórmula 1 não conseguiu mudar o horário de largada em 1976, e o mesmo aconteceu hoje, por pressões da TV e da mídia. Dada as circunstâncias, a direção de prova fez o que podia”, defendeu. “Numa corrida como hoje, sabemos que o risco é maior e que sempre há uma chance, é algo que sempre falamos mas sempre deixamos o risco de lado. Mas dá para ver quão rápido pode acontecer alguma coisa. Foram condições infelizes e estamos totalmente pensando nele e todo o resto não é importante hoje.”
Desde meados da semana passada, a Fórmula 1 já estava em alerta devido à passagem de um tufão nos arredores do circuito de Suzuka. Mesmo sabendo que as condições seriam difíceis no horário da prova, a decisão foi por manter a largada para as 14h.
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