Audiência da Fórmula 1 no mundo cai e preocupa as equipes
Apesar do aumento em Brasil, Espanha e Itália, categoria sofre processo de queda em países mais populosos
A audiência global da Fórmula 1 caiu vertiginosamente no ano passado devido à forte diminuição de 34% dos espectadores na China, o que representa 25 milhões de pessoas. A queda seria consequência da concorrência do esporte com outras modalidades populares no país, com eventos no mesmo horário.
Mas o chefe dos direitos comerciais da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, não se preocupa. “Alguns territórios não tiveram o alcance esperado, com o mercado chinês tendo uma queda que não pôde ser absorvida por um aumento significativo em outros lugares.” Ou seja, a F-1 não está perdendo território em todos os lugares, mas em países representativos em termos populacionais.
O relatório anual de audiência da categoria, que mede o número de pessoas que assistiram mais de 15 minutos não-consecutivos do esporte durante a temporada, não contou com números absolutos neste ano, mas acredita-se que o total tenha ficado perto de 500 milhões. Em 2011, a audiência total foi de 515 milhões.
De acordo com o relatório, a audiência no país mais representativo em números absolutos da categoria, o Brasil, cresceu em 8,9% em relação a 2011. Também houve crescimento na Espanha (11.5%) e na Itália (15%), o que coincide com a boa campanha de Fernando Alonso com a Ferrari.
No primeiro ano em que o Reino Unido teve corridas transmitidas na TV paga e apenas metade da temporada na TV aberta, a audiência caiu de 32,4 para 28,6 milhões de pessoas. A tendência também é de queda na Russia (12,8%) e até nos Estados Unidos, onde a categoria fez sua primeira prova em cinco anos em 2012 (3%).
Além da queda da audiência em mercados importantes, as equipes ainda monitoram a tendência da Fórmula 1 ser tirada da TV aberta, algo que acontece no Japão, Reino Unido e, a partir deste ano, também na Itália e na França.
“Nós obviamente apresentamos os números de audiência aos patrocinadores, devido ao modelo desenvolvido por Bernie para a F-1 passar na TV aberta e monitoramos essa tendência de crescimento da TV paga”, reconheceu o chefe da Lotus, Eric Boullier. “Isso pode melhorar o perfil dos fãs, torná-los mais ‘educados’, mas podemos ter de renovar nossa estratégia comercial se essa tendência se tornar global.”
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