Baú do GP do México: 1º pódio de Schumi e susto de Senna
Após mais de duas décadas de ausência, o México volta a receber uma prova de Fórmula 1, no Autódromo Hermanos Rodriguez. Confira alguns fato e histórias que fazem da próxima etapa, uma das mais aguardadas do ano
Não é somente o público local que pode esfregar as mãos e aguardar com ansiedade a volta do GP do México para o próximo domingo. Se depender da história que o país tem com a Fórmula 1, poderemos ter, a partir deste ano, fatos marcantes que já ocorreram no evento em duas passagens. Uma com o autódromo tendo o nome de Magdalena Mixhuca, entre 1962 e 1970 e outra já como Hermanos Rodríguez, de 1986 a 1992.
Por lá, tivemos uma vitória acachapante de Ayrton Senna, além de um dos seus maiores acidentes, o primeiro pódio de Michael Schumacher, a primeira vitória da Benetton, entre outras histórias. Confira.
1986 - Berger ganha a primeira da Benetton sem trocar pneus
No dia 12 de outubro de 1986 o México voltava a sediar uma prova da F1 e a Benetton conseguia a primeira vitória na categoria. Mesmo com Ayrton Senna na pole, Nelson Piquet em segundo e Nigel Mansell largando em terceiro, Gerhard Berger contou com a ajuda dos pneus Pirelli, que eram muito mais duradouros que os Goodyears da maioria dos concorrentes. Para se ter uma ideia, a Benetton número #20 não foi para os pits, o que garantiu uma vantagem de 25 segundos sobre o segundo colocado, Alain Prost.
Participação brasileira
Com 16 edições ao todo, o GP do México nunca foi uma prova em que brasileiros se deram bem. Desde quando o nome do autódromo era Magdalena Mixhuca - de 1962 a 1970 - até mesmo na primeira passagem no Hermanos Rodríguez - de 1986 a 1992 - somente no ano de 1989 a bandeira brasileira visitou o lugar mais alto do pódio, com Ayrton Senna. Os britânicos foram os mais vitoriosos. Em 1962 Trevor Taylor dividiu a conquista com Jim Clark, que viria repetir a dose no ano seguinte. John Surtees ganhou em 1966 e Clark voltou a vencer em 1967. Nigel Mansell foi quem conseguiu as duas últimas vitórias britânicas, em 1987 e 1992.
1989 - Única vitória do Brasil
O Brasil pode ter apenas uma vitória na terra do Chaves, mas ela veio em grande estilo. Ayrton Senna já travava duelo mano a mano com Alain Prost no campeonato, naquela que foi a quarta etapa da temporada. A dupla da McLaren formou a primeira fila, com Senna igualando o recorde de poles de Jim Clark, 33. Senna escolheu um composto médio de pneus, enquanto Prost mais macio, visava buscar a liderança no início, o que nunca aconteceu. A situação piorou para o francês quando a equipe se enganou na escolha do pneu no pit stop, mantendo o mesmo tipo e forçando ele a ter que fazer outra parada. Prost terminou a prova em quinto, 56 segundos atrás de Senna.
Acidente grave de Senna
Mas nem tudo foi flores para Senna no Hermanos Rodríguez. Em 1991 foi lá que o brasileiro teve um de seus acidentes mais fortes da carreira. Vindo de uma contusão após também se acidentar em um jet-ski, Senna agravou suas condições físicas ao perder o controle na curva Peraltada, nos treinos para o GP do México de 1991. Mesmo assim, ele conseguiu terminar em terceiro, em prova vencida por Riccardo Patrese, mas não reuniu condições físicas de receber o troféu no pódio.
1992 - Última prova
O ano de 1992 foi de extremo domínio da Williams e no dia 22 de março de 1992, na segunda etapa do campeonato, era evidente que nenhuma outra equipe teria vez. O último GP do México teve Nigel Mansell e Riccardo Patrese como donos, com o "Leão" fazendo a pole, vencendo de ponta a ponta. A prova também foi marcada pelo primeiro pódio de Michael Schumacher, que começou e terminou em terceiro. Nenhum brasileiro terminou a prova: Ayrton Senna teve problemas na transmissão, Christian Fittipaldi rodou e Mauricio Gugelmin teve o motor quebrado.
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