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Chefe da Racing Point: É impossível dizer quando a F1 voltará ao normal

Otmar Szafnauer, chefe da equipe, afirmou que não é possível precisar quando tudo voltará ao normal em meio à pandemia do Covid-19

Racing Point personnel pack away their equipment on the pitwall

Até o momento, as primeiras oito etapas da Fórmula 1 em 2020 foram adiadas ou canceladas como resultado da pandemia do Covid-19, que levou também as 10 equipes a concordar com um fechamento de três semanas de suas fábricas nas próximas semanas.

Enquanto os donos da categoria estão confiantes em realizar uma temporada com 15 a 18 etapas, iniciando no verão europeu, o chefe da Racing Point, Otmar Szafnauer, afirmou que não é possível precisar quando que o esporte poderá retornar ao seu trabalho normal.

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"Essa é uma situação sem precedentes, com um dia diferente do outro", disse Szafnauer. "Agora, nós não podemos fazer uma previsão, com qualquer nível de certeza, de quando podemos voltar ao normal. Há muitos fatores que ainda não estão sob controle".

A pandemia levou as equipes a pedirem o adiamento da introdução do novo regulamento técnico, planejado inicialmente para 2021, em 12 meses, com o chassis de 2020 sendo mantido para o próximo ano.

Szafnauer disse que, enquanto a decisão pelo adiamento era lógica, a mudança não dará à Racing Point nenhuma razão para diminuir seus esforços na luta pela liderança do pelotão do meio.

"Outra decisão tomada pelas equipes e a FIA é a de adiar a introdução do novo regulamento para 2022. Por uma perspectiva logística e de custo, isso faz todo sentido. Claro, isso não significa que vamos pegar mais leve quando voltarmos ao trabalho. Quando voltarmos à pista, precisamos estar em uma posição para competir - independente do regulamento".

"Há ainda muito trabalho pela frente e estaremos prontos para ir com tudo quando o momento chegar".

A Racing Point iniciou o fechamento de três semanas de sua fábrica na quarta-feira, o que significa que, no momento, os trabalhos devem ser retomados em 16 de abril. Szafnauer acrescentou que a equipe fez arranjos para permitir à membros que trabalhem de casa.

"Nós também trabalhamos muito nas últimas semanas para garantir que todos funcionários que puderem trabalhar de casa tenham o equipamento necessário para montar seus home offices", disse. "Nossa maior preocupação nesse momento é o bem-estar físico e mental dos funcionários, suas famílias e amigos. Temos todos em casa no Reino Unido e estamos ajustando para essa nova realidade - que não é fácil para ninguém".

"Nós estamos obviamente desapontados por não podermos correr no futuro próximo mas, no final, todos entendemos a gravidade da situação. Os desafios são diferentes de tudo que já havia visto na minha vida e obviamente transcendem o esporte, então as decisões tomadas são as corretas".

GALERIA: Veja como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina e Espanha também foram suspensas, com adiamento. No momento, o GP da França é o primeiro da temporada. Mas o multicampeão Valentino Rossi acredita que as etapas de França e Itália dificilmente serão realizadas na data inicial
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram suspensos.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado. No momento, o GP do Canadá está marcado para ser o primeiro da temporada, no meio de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada.
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato de 2020 começa com o GP de Indianápolis, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway.
Ainda não há nada definido sobre as 500 Milhas de Indianápolis.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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Luke Smith
Fórmula 1
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