Em meio a dúvidas sobre entrada da Porsche, F1 revela interesse de outras montadoras para 2026

Domenicali afirmou que outras montadoras participaram e participam de discussões sobre motores de 2026, mas que preferem ter seus nomes guardados

Stefano Domenicali, CEO, Formula 1, with Mohammed bin Sulayem, President, FIA, Markus Duesmann, Chairman of the Board of Management of Audi AG, Oliver Hoffmann, Head of Technical Development at Audi Sport GmbH showcase the new Audi Sport F1 concept car

Foto de: Sam Bloxham / Motorsport Images

O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, afirmou que há outras montadoras interessadas em se juntar à categoria no início da nova era de motores em 2026 caso os planos da Porsche eventualmente acabem indo por água abaixo.

Há alguns meses, o acordo entre Porsche e Red Bull era visto como certo, mas agora parece cada vez mais longe de se concretizar, especialmente após declarações recentes dos dirigentes do time austríaco no GP da Holanda.

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A ideia inicial era de que a Porsche compraria 50% das ações da equipe de Milton Keynes, ajudando no desenvolvimento do motor que a Red Bull já está trabalhando na divisão Powertrains. O acordo parecia tão encaminhado que a Porsche chegou a submeter documentos sobre a compra para autoridades antitruste ao redor do mundo.

Mas, desde então, surgiu a informação de que, enquanto as partes fechavam detalhes sobre os planos para o futuro, surgiram impasses que ninguém estava disposto a ceder. 

Da perspectiva da Red Bull, a equipe questionou se vale a pena sacrificar sua independência e habilidade em responder rapidamente, algo que já se provou um sucesso na F1 e que se perderia com o envolvimento de uma grande corporação.

A Red Bull já deixou claro que, se o plano com a Porsche for adiante, ele acontecerá apenas se a montadora aceitar seus termos, o que indica que a compra de ações parece improvável.

A única opção que ainda parece aberta para a Porsche é se envolver pela Red Bull Powertrains, mas a montadora alemã já deixou claro desde o começo que não quer ser apenas uma fornecedora de motores.

A incerteza sobre a entrada da Porsche significa que a esperança da F1 em atrair duas novas montadoras para 2026 (incluindo a já confirmada Audi), pode estar em risco. Mas Domenicali afirma que há outras marcas esperando nos bastidores em busca da oportunidade correta, e que vem mantendo um caso silencioso.

O plano da Porsche de entrar na F1 em 2026 ao comprar parte da Red Bull parece ter ido por água abaixo

O plano da Porsche de entrar na F1 em 2026 ao comprar parte da Red Bull parece ter ido por água abaixo

Photo by: Erik Junius

Falando com a edição italiana do Motorsport.com antes do GP em Monza, Domenicali disse: "Só posso dizer que a Porsche é uma parte integral do grupo que discutiu e continua discutindo o regulamento da nova unidade de potência que entrará em vigor em 2026".

"Todos nós lemos os comentários da Porsche e da Red Bull, e são eles quem devem decidir o que fazer. Mas eu acredito que, como F1, somos uma plataforma muito inclusiva atualmente. E há outras montadoras sentadas nessa mesa de engenheiros que preferem que seus nomes não sejam divulgados".

Domenicali afirmou que o regulamento de 2026 é muito atrativo para as montadoras, com o esporte sendo robusto o suficiente para sobreviver o fluxo de montadoras que vem e vão.

"Da nossa parte, não temos medo. No último Pacto de Concórdia, pedimos apenas o aviso de um ano para equipes e montadoras que planejam sair da F1. No passado as regras eram mais rígidas. Essa mudança foi feita porque nos sentimos robustos para seguirmos em frente de qualquer jeito, e há ótimos planos de reserva".

"Hoje temos uma mistura de equipes, montadoras e fornecedoras de motores do mais alto nível, como nunca tivemos antes. Se algo mudar, saberemos o que fazer".

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