F1: Alonso chama rodada tripla de "estranha" e Stroll diz que calendário com 25 corridas seria "rídiculo"
Pilotos comentaram sobre cronograma apertado na reta final da atual temporada e criticaram decisões da categoria
Fernando Alonso acredita que a escolha do cronograma de final da temporada da Fórmula 1 deste ano é "estranha" e deixou os mecânicos e a equipe "no limite". A categoria está rumando para sua segunda corrida da rodada tripla México-Brasil-Catar neste fim de semana, com a organização tendo optado por uma ambiciosa competição intercontinental de três eventos e uma possível expansão no futuro, criticada por Lance Stroll.
Com as viagens e a tensão nos últimos momentos do campeonato levando a resistência ao limite, o bicampeão não gostou de ter um intervalo de duas semanas entre Estados Unidos e México, para depois ir para as três provas consecutivas.
"Esta rodada tripla não é conveniente", comentou o piloto da Alpine. "Cada corrida é separada por 12 horas em um avião ou algo parecido. E teremos que correr três fins de semana seguidos."
"É importante para a equipe e os mecânicos economizarem energia. Eles estão na garagem e empacotando tudo e vão acabar atrasados, pegar um avião, chegar no Brasil, empacotar tudo e montar a garagem. Será no limite para eles, com certeza."
"Esperamos encontrar melhores soluções para o calendário, porque Austin fica a uma hora e meia do México, e estávamos há duas semanas lá. É estranho que algumas corridas estejam separadas por duas semanas e outras que estão em continentes diferentes sejam consecutivas."
Fernando Alonso, Alpine F1 signs autographs for fans
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Embora a decisão de ter um longo intervalo entre Austin e o México pareça incomum, foi originalmente feita dessa forma devido a preocupações com as restrições de viagens devido à pandemia de Covid-19.
Na época em que o cronograma foi definido, tanto México quanto Brasil estavam na lista vermelha do Reino Unido de países que exigiam quarentena obrigatória no retorno, algo que poderia ser problemático para as equipes.
Diminuir o intervalo entre os dois países, com o Catar na sequência, poderia evitar a quarentena quando retornassem do Oriente Médio.
No entanto, o Reino Unido abandonou as restrições da zona vermelha para que as escuderias não tivessem problemas em retornar ao território depois de México ou Brasil.
Os desafios do calendário atual surgem em meio à tentativa da F1 de aumentá-lo no futuro, algo que tem causado desconforto em certas partes do paddock. Stroll pensa que é importante que a categoria considere o tempo de inatividade para os times e não se limite a aumentar as corridas sem se preocupar com as consequências.
"Eu entendo que há um motivo financeiro para estender o número de provas e expandir o esporte”, disse o canadense. "Apesar disso, acho que tem que haver um equilíbrio pensando nos mecânicos, engenheiros e em todo o pessoal que tem família em casa, viaja pelo mundo e dedica muito do seu tempo para os eventos."
"Tem que haver um equilíbrio onde a F1 faz uma pausa e dá uma chance para as pessoas retornarem. Assim poderiam ver suas famílias, passar algum tempo fazendo outras coisas e então voltar."
"Não acho que deveríamos usar um ridículo calendário de 25 corridas. Parece que está indo nessa direção, mas a categoria também deveria pensar nos que trabalham com ela."
Lance Stroll, Aston Martin, is interviewed
Photo by: Glenn Dunbar / Motorsport Images
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