Neste fim de semana, a temporada 2022 da Fórmula 1 chega perto de sua metade, com o GP da Grã-Bretanha marcando a décima de 22 etapas da categoria máxima do automobilismo neste ano. E na iminência de uma das mais tradicionais provas do esporte a motor, em Silverstone, um dos  mais conhecidos nomes da F1 está nos holofotes da imprensa esportiva: o espanhol Fernando Alonso, da Alpine, piloto que que voltou à primeira fila do grid da competição pela primeira vez desde 2012. 

Após a pole no GP de Hockenheim de 2012, o bicampeão nunca mais havia largado da posição de honra ou do segundo lugar até o fim de semana retrasado, quando deu show na chuva de Montreal para começar o GP do Canadá na vice-liderança. Com isso, o asturiano voltou a ser cogitado como um possível vencedor de corrida na F1, o que não acontece desde Barcelona-2013. No fim das contas, ele teve um problema no carro, mas o fato é que Alonso chega à Inglaterra em alta.

Entretanto, o vencedor dos Mundiais de 2005 e 2006 pela Renault ainda não está garantido pela 'nova equipe' marca francesa para 2022. De todo modo, os indícios são de renovação, conforme aponta o editor global de F1 do Motorsport.com, o repórter britânico Jonathan Noble. 

"Parece certo que Alonso permanecerá com a Alpine para o que talvez seja seu último contrato na F1. Ele gosta de como está desempenhando neste momento e a Alpine gosta dele. Ele também trabalha bem com [Esteban] Ocon", ponderou, antes de falar do reserva australiano Oscar Piastri.

"A Alpine sente que Piastri se beneficiaria mais aprendendo em outro lugar e posteriormente chegando à equipe de fábrica como o pacote completo - como George Russell fez na Mercedes - do que cometer erros de novato sob pressão", explicou. Piastri é especulado na Williams para 2023.

De todo modo, o fato é que Alonso vem bem em 2022, apesar de a tabela de classificação não fazer jus a tal avaliação. É o que aponta Noble: "Acho que ele tem tido um ano excepcional em que os resultados não justificaram o trabalho que ele fez ao volante. Ele conquistou uma grande primeira fila no Canadá, mas poderia ter se saído ainda melhor na Austrália não fosse o problema em sua volta de qualificação. E ele parece estar concentrando todo o azar do grid."

"Mas tudo aponta para resultados decentes se a Alpine conseguir superar imperfeições e fazer um bom progresso com seu carro", seguiu o jornalista, destacando a má sorte de Alonso nas primeiras etapas do ano, com problemas técnicos e colisões. Correspondente espanhol do Motorsport.com, Jacobo Vega complementa: "A Alpine está tendo muitos problemas de confiabilidade diferentes e também suas estratégias/pit stops estão longe do que precisam para obter melhores resultados."

Vega falou ainda sobre como os fãs da Espanha encaram o momento atual de Alonso. "O fato é que os torcedores que eram muito jovens, ou nem tinham nascido quando ele conquistou seus títulos, agora estão realmente torcendo por ele e fazem muito barulho para mostrar todo o apoio a ele. E Fernando parece se encaixar muito bem com tudo isso. É como uma segunda etapa na carreira de Fernando em termos de interesse das pessoas na Espanha", explicou o repórter.

Mas será que Alonso poderia brigar por triunfos e/ou campeonatos caso estivesse em um carro de ponta? Noble responde: "É difícil dizer como um piloto se sairia num carro diferente, mas há pouca dúvida de que ele brigaria por vitórias. Seria fascinante vê-lo contra Verstappen e Leclerc."

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Podcast #183 - O que Alonso poderia fazer hoje em carro de ponta da F1?

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