Análise

F1: Assim como a Ferrari, Mercedes já recuperou potência perdida com novo combustível

Graças a novos métodos 'importados' da Alemanha - escuderia tem sede na Grã-Bretanha - carro de 2022 deve estar no caminho para disputar o título

Mercedes 2022 F1 car

Mercedes 2022 F1 car

Mercedes AMG

A unidade de potência M13 E Performance, da Mercedes, para a temporada de 2022 da Fórmula 1, contará com um novo sistema de superalimentação que é o resultado da experiência trazida por um novo engenheiro alemão. Ao nível de chassi, porém, há mais dúvidas quanto à escolha da distância entre eixos que se aproximará do limite de 3600 mm.

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A escuderia tem uma certeza e uma dúvida. A segunda não é sobre se Lewis Hamilton seguirá ou não, visto que o heptacampeão, apesar do silêncio após a final em Abu Dhabi, estar devidamente inscrito. A certeza diz respeito ao novo motor que será homologado antes do GP do Bahrein e que representará a força do W13, monoposto de efeito solo que será apresentado em 18 de fevereiro.

Mercedes W12 engine detail

Mercedes W12 engine detail

Photo by: Giorgio Piola

Hywel Thomas, engenheiro-chefe, está trabalhando em uma unidade de potência que deve representar um salto em relação à do ano passado, a F1 M12 E Performance de seis cilindros. Esse motor revelou fraquezas no final de sua vida útil, forçando a Mercedes a encurtar sua duração (Hamiltion usou 5 componentes na temporada de 2021 e Valtteri Bottas seis, enquanto o limite da FIA incluía um máximo de três em ordem para não acarretar em penalidade).

Com um uso mais curto (quatro GPs em vez de oito), os técnicos de Brixworth arriscaram a confiabilidade, empurrando os mapeamentos do motor muito além dos limites estabelecidos para a temporada e podendo aproveitar a potência que sempre esteve lá, mas nunca 'tocada' por conta da confiabilidade.

Evidentemente, não atingindo o envelhecimento prematuro, a unidade poderia dar o seu melhor, reestabelecendo uma superioridade indiscutível sobre a Honda que fez com que Hamilton igualasse Max Verstappen na classificação antes do último GP, em Abu Dhabi.

La power unit Mercedes della W12 caratterizzata dal grande plenum

La power unit Mercedes della W12 caratterizzata dal grande plenum

Photo by: Giorgio Piola

Na configuração padrão, a unidade de potência da Mercedes fornecia 1026 cavalos de potência, enquanto o supermotor do GP de São Paulo liberou 18 adicionais na classificação, ou seja, um total de 1.044 cavalos graças a um mapa extremo.

Novo especialista alemão em turbo

A chegada de um especialista alemão em Brixworth teria permitido o desenvolvimento de um novo turbocompressor capaz de aprimorar as qualidades da recarga híbrida e de seis cilindros, permitindo estratégias mais extremas. Isso especialmente porque os químicos da Petronas, fornecedores de combustível, teriam facilmente recuperado os 20 cavalos perdidos nos primeiros testes com o E10, mesmo caso de Ferrari e Shell. Se a unidade de potência deve ser um marco no campeonato, há algumas dúvidas sobre o W13.

James Allison, Mercedes

James Allison, Mercedes

Photo by: Mercedes AMG

O carro deve ser o primeiro projeto com curadoria de Mike Elliot, diretor técnico que tem James Allison como 'tutor', que também está envolvido no estudo de um veleiro da America's Cup, mas totalmente focado no monoposto de efeito solo da F1.

A mudança de regras forçou o desenho de um carro novo que não tem mais nada a ver com o W12. A Mercedes, no ano passado, havia mudado o foco de toda a equipe técnica para a máquina de 2022, bloqueando, em partes, o desenvolvimento da que disputava o título em 2021.

Prefigurazione della Mercedes 2022 sulla base della vettura presentata dalla FIA

Prefigurazione della Mercedes 2022 sulla base della vettura presentata dalla FIA

Photo by: Mercedes AMG

Os regulamentos da FIA exigem uma distância entre eixos entre 3400 e 3600 milímetros: a máxima é cerca de 17 cm menor que o carro de 2021, mas um dos desafios dos veículos de efeito solo será justamente encontrar o espaço certo entre as rodas.

Uma distância entre eixos curta favorece um carro ágil e com tendência a atingir um peso mínimo de 793 kg (43 kg a mais do que o último ano), com um pouco de lastro, mas não há dúvida de que se abre mão de um pouco de superfície e os tubos Venturi. Portanto, há um custo em termos de downforce.

A dificuldade estará em encontrar o ponto certo. A sensação é que a Mercedes está se aproximando do valor máximo da distância entre eixos para encontrar essa agilidade. Em menos de um mês, saberemos como as coisas estão.

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