F1: Diretor da Mercedes acredita que uma ou duas equipes podem "errar muito feio" com novo carro
James Allison diz que equipe alemã enfrenta desafio com toda a diversão que esse novo regulamento merece
A um mês da pré-temporada em Barcelona, as equipes estão finalizado a construção dos carros de 2022, os primeiros dentro do novo regulamento da Fórmula 1. E o chefe técnico da Mercedes, James Allison, suspeita que uma duas equipes do grid podem "errar realmente feio" no design dos novos modelos em meio ao campo minado que representa um conjunto completamente novo de regras.
Os novos designs representam uma mudança completa de filosofia em relação à geração anterior, com o retorno do efeito solo e menor dependência aerodinâmica em busca de permitir pilotagens mais próximas e estimular disputas e ultrapassagens.
Mas enquanto ainda pode ser muito cedo para fazer previsões sobre a ordem de forças do grid, Allison acredita que a escala das mudanças no regulamento torna inevitável que nem todos acertem o design de primeira.
Falando em um vídeo publicado pela Mercedes sobre as regras de 2022, ele disse: "Todos em nossa equipe e nas outras equipes fizeram o melhor para encontrar um design e abordagem que case bem com o novo regulamento".
"E todos descobriremos juntos no começo da temporada e nas corridas a seguir como que tudo ficará. Imagino que, com os carros sendo tão novos e diferentes, que um ou dois no grid errarão muito feio. E eles terão um ano muito doloroso".
"Imagino que todos nós, a certo ponto, teremos alguns problemas que não estavam previstos. E vamos olhar para outros carros e pensar 'por que não pensamos nisso?'".
"Aí estaremos estudando para colocar essa ideia no carro o mais rápido possível para que possamos continuar subindo, independente de onde estivermos no começo. Ou, se tivermos sorte de estarmos na frente, para mantermos os lobos distantes".
"Será um negócio movimentado, definitivamente algo que nos impedirá de dormir muito ao longo da temporada".
Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images
Enquanto a Mercedes é a que mais tem a perder com o novo regulamento, após conquistar 15 dos 16 títulos mundiais disputados desde a entrada da era híbrida em 2014, a montadora alemã diz estar animada com o desafio.
"Quando o regulamento muda de forma tão grande como essa, então abordamos isso com toda a diversão que o desafio merece. Nosso trabalho é buscar oportunidades técnicas e regulamentos, usando combinado com nossas habilidades e esforços coletivos, buscando uma configuração de carro que será melhor que dos demais".
"Quando tudo é novo como agora, quando você olha para o regulamento, e esse tem o dobro de tamanho do outro, você vê oportunidades. E, claro, há riscos na escolha de nossos caminhos em meio a esse campo minado em potencial, enquanto caçamos pequenos baús de tesouro que ficam escondidos no meio, em busca de um carro que pode nos levar à frente do grid".
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