F1: Entenda como seria a relargada na Hungria se Hamilton também tivesse entrado nos boxes

Apesar do regulamento não contar com essa possibilidade, o diretor de provas Michael Masi diz que tinha bem claro na cabeça o que teria feito

Lewis Hamilton, Mercedes W12 at the restart

Lewis Hamilton, Mercedes W12 at the restart

Mark Sutton / Motorsport Images

Uma das cenas do final de semana da Fórmula 1 na Hungria foi, sem dúvidas, a relargada após a bandeira vermelha. Em uma saída parada, apenas Lewis Hamilton estava no grid, enquanto os demais entraram nos boxes para colocar pneus slicks, em uma das cenas mais bizarras da história do esporte.

Na pista do Hungaroring, que secava rapidamente após uma largada molhada, Hamilton, que largou na pole, foi o único piloto que optou por sair novamente com os pneus intermediários.

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A Mercedes estava preocupada com o fato de que, por ser a primeira equipe do pitlane, a troca de pneus deixaria Hamilton preso após a mudança de pneus, e incapaz de voltar à pista até que todo o grid tivesse saído dos boxes.

Enquanto ele imaginava que ganharia de volta algumas posições dos outros caso esperasse, o medo da Mercedes é que ele voltaria mais atrás. Por isso que eles apostaram em manter os intermediários.

Então Hamilton foi orientado a seguir, todos os outros entraram nos boxes, o que fez com que o heptacampeão fosse o único no grid para a relargada. Assim que ele parou e o carro médico se posicionou no fundo do grid, o procedimento de luzes foi realizado normalmente, e ele seguiu sozinho até a curva um.

A largada da Hungria foi a com menor número de carros na F1 desde o polêmico GP dos Estados Unidos de 2005, realizado com apenas seis carros após todas as equipes com pneus Michelin desistiram da prova após a volta de apresentação.

Mas um dos aspectos mais intrigantes sobre a saída de Hamilton é que não seria totalmente ilógico pensar que ele também poderia ter parado, criando uma situação de uma largada sem carros no grid.

É um cenário que nunca aconteceu na categoria antes, mas o diretor de provas Michael Masi disse que tinha uma ideia clara em sua mente sobre o que teria ocorrido caso tivesse que lidar com uma largada sem carros.

"Assim que o último carro entrasse no pitlane, o sinal de largada seria iniciado", explicou. "Aí, assim que as luzes se apagassem, o sinal verde da saída do pitlane seria acionado e a largada aconteceria na ordem de saída dos boxes".

Em termos do espetáculo para quem vê de casa, o procedimento normal de largada seria realizado, com as cinco luzes se acendendo antes de serem apagadas, mesmo sem ninguém na pista para reagir.

"Christian [Bryll, responsável pelas largadas da F1] teria ativado as luzes da largada, normalmente, a partir do momento em que o último carro estivesse no pitlane. As luzes seriam acionadas, cinco vermelhas, que apagariam. A partir deste momento, a saída do pit estaria aberta".

"Isso aconteceria independentemente [da realização de pit stops] porque, efetivamente, a corrida, ou sua continuidade, não seria reiniciada até aquele momento".

Enquanto a saída única do GP da Hungria garante um lugar na história da F1, Masi disse que lições a partir dele podem levar a uma pequena mudança no regulamento desportivo da categoria, para que tal possibilidade possa estar coberta pelo documento.

"É algo que ninguém poderia prever, mas vamos deixar as coisas se acalmarem, vamos conversar sobre isso com os diretores. Mas tendo falado com alguns deles, já ouvi questionarem se isso seria realmente algo ruim".

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