F1: Ferrari diz que rumor sobre aumento de potência do motor para 2023 é "uma piada"
Unidades de potência estão congeladas desde o início do ano passado até o fim de 2025, mas é possível fazer modificações sob alegações de confiabilidade
Nas últimas semanas, correm pelas redes sociais um rumor de que a Ferrari teria um aumento de 30cv de potência no motor para a temporada 2023 da Fórmula 1. Mas a equipe classifica a especulação como "uma piada", em meio a intrigas sobre os passos adiante que a equipe possa ter dado para este ano.
Desde o início do ano passado, os motores da F1 estão congelados, uma manobra válida até o fim de 2025. Por isso, as montadoras optaram por arriscar a confiabilidade para ter a melhor base possível de performance.
Tanto a Ferrari quanto a Renault, que produz os motores da Alpine, admitiram que levaram o desenvolvimento do motor no limite em busca de ganhos maiores a longo prazo. Elas sabiam que o regulamento permitiria fazer mudanças envolvendo a confiabilidade, mas sem ganhos de performance.
Em meio ao drama vivido pela Ferrari com o motor no meio de 2022, a equipe chegou a reduzir a potência da unidade para gerenciar melhor as coisas na reta final. Porém, surgiu posteriormente a informação de que a montadora havia conseguido fazer alterações para a final em Abu Dhabi, permitindo recuperar parte de sua potência, calculada na casa de 15 cv.
Posteriormente, novas especulações que surgiram durante as férias apontavam que a Ferrari teria outros 15 cv "escondidos", que seriam liberados quando o motor fosse mais durável. Isso levou a vários rumores de que o time de Maranello poderia dar um passo adiante de 30 cv em 2023. Mas Frédéric Vasseur riu das alegações, minimizando as chances das mudanças no motor fazerem isso.
"Não sei de onde esses números vêm, mas é uma piada. Demos alguns passos, mas apenas sobre confiabilidade. Acho que a performance do motor no ano passado não foi problema. A questão era a confiabilidade, e o primeiro objetivo era resolver isso".
Charles Leclerc, Ferrari F1-75, Carlos Sainz, Ferrari F1-75, leave the garage
Photo by: Steven Tee / Motorsport Images
"Por enquanto, parece ok. Mas a realidade da pista é diferente. Acho que há alguns problemas que as equipes tiveram, não é somente a Ferrari. Isso vem da operação da pista, as quicadas e vibrações. Todos terão uma visão melhor no Bahrein".
Os comentários de Vasseur sobre a melhora da Ferrari com o motor vem após Bruno Farmin, chefe dos motores Renault, dizer durante as férias que espera ver a FIA sendo mais rígida em garantir que as melhoras de confiabilidade nos motores não tenham impacto na performance.
"A FIA foi bem tolerante em 2022. Acho que é normal porque todos foram afetados pela confiabilidade, não somente nós, por acho que tivemos 30/40/50/60/70 pedidos das montadoras, então todos foram afetados. Espero que a FIA sejam mais rígida no futuro".
"O que é um problema genuinamente de confiabilidade? É algo que não temos como responder, porque é claro que em um problema de confiabilidade você tem um ganho potencial de performance. Esse limite nem sempre é claro".
"Se você tem um problema na bomba de água, como tivemos em 2022, acho que fica claro que é uma questão claramente de confiabilidade: não há nenhum ganho com uma bomba nova. Mas se você precisa mudar o material dos anéis do pistão, você poderá ter algo mais forte, com mais performance, e aí onde fica o limite? Não é tão óbvio".
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