F1: Ferrari revela por que não parou Leclerc durante safety car em Silverstone

Scuderia temeu que outras equipes não chamassem seus pilotos ao pit stop; "É fácil falar que poderíamos ter feito diferente", disse Binotto

Carlos Sainz, Ferrari F1-75, in the pits

Carlos Sainz, Ferrari F1-75, in the pits

Steven Tee / Motorsport Images

A Ferrari explicou sua decisão de chamar Carlos Sainz aos boxes vez do líder da corrida, Charles Leclerc, durante o último safety car no GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1. Depois de uma prova agitada, onde o espanhol perdeu e recuperou a liderança, a Scuderia se viu cautelosa com a ameaça representada por Lewis Hamilton depois que o piloto da Mercedes construiu uma vantagem de pneus.

A equipe pediu a Sainz que cedesse a posição a Leclerc depois de notar que teria sido crucial para que ambos ficassem à frente de Hamilton quando ele fosse aos boxes. O heptacampeão saiu em terceiro lugar depois de parar, mas foi lentamente alcançando as Ferraris graças à vantagem de seus pneus.

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Um carro de segurança acionado com 14 voltas restantes provocou uma enxurrada de pit stops, mas a escuderia optou por manter o líder da corrida, Leclerc, de fora e só trouxe Sainz para um conjunto de macios.

O moengasco disse pelo rádio que seria "difícil" manter os perseguidores com compostos vermelhos atrás dele, e isso provou ser verdade. Depois de perder a liderança para Sainz na reta Wellington após o reinício da corrida, ele foi ultrapassado por Sergio Pérez e Hamilton nos momentos finais.

Leclerc admitiu após a corrida que foi "decepcionante" ter perdido a vitória, tendo visto que o principal rival pelo título de pilotos, Max Verstappen, ficou em sétimo devido a danos na carroceria.

Questionado pelo Motorsport.com sobre o porquê da Ferrari parar Sainz em vez de Leclerc, o chefe da equipe, Mattia Binotto, disse que eles estavam "muito perto para pararem juntos", e que Charles não foi ao pit por estar com pneus mais novos e também pela posição na pista.

Lewis Hamilton, Mercedes W13, battles with Charles Leclerc, Ferrari F1-75

Lewis Hamilton, Mercedes W13, battles with Charles Leclerc, Ferrari F1-75

Photo by: Glenn Dunbar / Motorsport Images

"Não havia espaço suficiente para parar os dois, porque o segundo perderia tempo no pit stop antes de retornar à pista", disse Binotto. "Por que então, ao decidir parar apenas um, escolhemos Carlos? Porque Charles conseguiu a posição na pista. Ele estava liderando, então teria permanecido na ponta."

"Os pneus dele estavam mais novos do que os de Carlos. Tinham seis ou sete voltas a menos. E Sainz, parando e sendo segundo, teria o protegido pelo menos nas primeiras duas curvas, onde sabíamos que relargar de duros seria um pouco mais difícil. Foi isso que decidimos."

"Após isso, esperávamos mais degradação dos pneus macios, para assim dar a Charles talvez três ou quatro voltas difíceis inicialmente, mas depois recuperando mais tarde. No entanto, os macios não se degradaram como esperávamos."

Binotto pensou que as decisões da Ferrari sobre a estratégia de corrida eram "as certas e apropriadas a cada momento", com o único erro potencial vindo na decisão de manter Leclerc fora em vez de parar.

"Se tivéssemos parado, talvez os outros pudessem não ter feito isso. Assim, ambos teriam ficado para trás com pneus macios e outros pilotos à frente deles", reiterou. "Teríamos recuperado as posições? Não tenho certeza. Eu acho que, em retrospectiva, é sempre fácil dizer que poderíamos ter feito diferente."

"Tivemos mais uma vez um carro de segurança no momento errado, onde estávamos confortavelmente liderando a prova."

Charles Leclerc, Ferrari, in Parc Ferme

Charles Leclerc, Ferrari, in Parc Ferme

Photo by: Steven Tee / Motorsport Images

Binotto e Leclerc foram vistos conversando de forma mais assertiva imediatamente após a corrida em Silverstone, mas o chefe da Ferrari disse estava apenas tentando consolar seu piloto depois que ele "mais uma vez não teve sorte".

"Primeiro, eu sabia que ele estava desapontado e frustrado, o que é compreensível, porque liderou claramente a corrida e estava confortável, indo muito rápido no momento em que o safety car foi acionado. Para ele. hoje era uma grande oportunidade em termos de campeonato porque estava à frente enquanto Max tinha alguns problemas."

"Então, o carro de segurança apareceu. Ele teve uma dificuldade no final da corrida e, sem dúvida, ficou desapontado. O que eu o disse é que havia feito uma corrida fantástica mais uma vez. Depois do reinício atrás do safety car novamente, a maneira como ele pilotou e protegeu a posição foi incrível e excelente."

"Eu disse a ele simplesmente para ficar calmo, porque a maneira como ele pilotava era fantástica. Ele foi mais uma vez azarado hoje, porque um carro de segurança quando você está liderando a algumas voltas do final é azar. Acho que, no geral, é por isso que tentamos não ficar muito desapontados."

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