F1: FIA opta por não permitir uso do DRS na curva inclinada de Zandvoort
Por ser o primeiro evento, Federação prezou pela segurança apesar dos dados indicarem que é seguro usar DRS na curva


Os pilotos da Fórmula 1 deverão ter uma vida ainda mais complicada em busca de ultrapassagens durante o GP da Holanda. A FIA decidiu que o DRS não será usado na última curva do circuito, que vem chamando a atenção por sua inclinação.
Os chefes da F1 haviam proposto originalmente a ideia de uma curva inclinada como a última da pista para oferecer um período maior de aceleração, em contraste ao que a configuração original oferecia.
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Com os pontos de ultrapassagem sendo muito limitados no estreito circuito, a impressão que ficava era que esse design pelo menos daria chances para alguma ação. Simulações de computador mostraram que a inclinação acrescentaria mais 340 metros de ação, junto com os 678 da reta principal na sequência.
A inclinação feita foi extrema, com uma angulação de 32%, o equivalente a 18 graus, para dar aos pilotos carga suficiente para acelerar com o DRS acionado. Porém, para a primeira edição do GP da Holanda em 36 anos, a FIA optou por pensar pela segurança, permitindo que a asa móvel seja acionada apenas após a curva.
Jan Lammers, diretor do circuito, disse na quarta: "Essa é a decisão da FIA. Eles querem ver como as coisas serão neste ano, e querem coletar dados na vida real. Eles não querem correr risco e isso é compreensível, já que é a primeira edição em 36 anos".
Craig Wilson, diretor de performance dos veículos na F1 e que chefia também um departamento que testa os circuitos, foi chave para tornar realidade a proposta de inclinação da curva. No ano passado ele falou sobre as checagens realizadas para permitir que o DRS fosse usado no local.
Com a primeira ideia de uma curva inclinada vinda do ex-diretor de provas da F1 Charlie Whiting, a equipe de Wilson surgiu com um conceito que era possível de ser trabalhado.
"Voltou um comentário dizendo: 'É possível fazer inclinado?'", disse Wilson. "Eu pensei sobre isso e disse, ok, deixa comigo, vamos trabalhar para ver qual nível de inclinação seria necessário, se é possível abrir o DRS ali".
"Analisamos, usamos nosso simulador e dissemos que sim, precisando desse tipo de inclinação para tornar possível. Fiz uma análise com dois métodos distintos, em termos de estabilidade do carro e perda aerodinâmica, e parecia possível".
"Aí foi um caso de 'é possível fazer isso fisicamente?'. Então conversamos com a FIA, explicamos qual era a nossa ideia e se eles permitam. Eles analisaram tudo. Como processo, estávamos juntando todas as pessoas certas para surgir com uma solução única".
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