F1: FIA se prepara para apresentar relatório sobre GP de Abu Dhabi; saiba o que esperar

Corrida final da temporada de 2021 está sob investigação por conta dos procedimentos com o safety car que a encerraram

The Safety Car Lewis Hamilton, Mercedes W12, Lando Norris, McLaren MCL35M, Fernando Alonso, Alpine A521, the rest of the field

A Fórmula 1 se prepara para um dia decisivo que pode determinar sua credibilidade aos olhos de muitos fãs, quando a FIA apresenta seu relatório às equipes sobre a controvérsia do safety car no GP de Abu Dhabi que decidiu a temporada de 2021. Após uma investigação detalhada sobre os procedimentos com o carro de segurança, uma reunião da Comissão de F1 deve informar suas descobertas e as respostas que serão dadas.

O momento vem depois de semanas de críticas dos torcedores sobre a maneira como o diretor de provas, Michael Masi, pareceu desrespeitar o livro de regras ao selecionar quais retardatários poderiam se reagrupar no pelotão no final e, em seguida, dar a bandeira verde uma volta antes das regras especificadas.

Leia também:

Essas decisões colocaram Max Verstappen no lugar perfeito para usar sua vantagem de pneus novos para ultrapassar Lewis Hamilton na última volta e conquistar a vitória que lhe garantiu o título.

Enquanto a FIA culpou a escalada da controvérsia que os eventos causaram por um 'mal-entendido', o clamor sobre o evento não diminuiu desde então e o debate em torno dele continua intenso.

Apenas na semana passada, a hashtag #F1xed voltou a ser tendência quando uma conversa de rádio entre o diretor esportivo da Red Bull, Jonathan Wheatley, e Masi ressurgiu e se tornou viral nas mídias sociais.

A federação prometeu, como parte de sua investigação, consultar todos os pilotos e equipes para tentar estabelecer uma estrutura regulatória que evite novas controvérsias no futuro.

As prováveis mudanças ​​incluem uma reestruturação do controle de corrida, com o diretor recebendo mais apoio para garantir que ele não fique sobrecarregado em suas funções.

Não está claro, no entanto, se Masi permanecerá em seu cargo na temporada de 2022 ou será substituído.

A F1 também deixou claro que as conversas abertas de rádio entre escuderias e comissários precisam ser proibidas para evitar o intenso lobby a que Masi esteve sujeito algumas vezes na temporada passada.

Michael Masi, Race Director

Michael Masi, Race Director

Photo by: Jerry Andre / Motorsport Images

A FIA provavelmente tornará mais claros os processos para completar corridas sob safety car, deixando claro que o desejo de Masi de não encerrar a temporada sob bandeira amarela incentivou sua chamada para reiniciar o evento.

Em dezembro passado, a FIA prometeu ‘clareza’ aos participantes, fãs e mídia sobre os regulamentos, mas não está claro quanto da investigação em Abu Dhabi será divulgada – ou mesmo se algo será comunicado imediatamente.

Devido à estrutura de governança da F1, quaisquer propostas apresentadas e acordadas na reunião da Comissão de F1 de hoje ainda precisarão ser ratificadas pelo Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, que se reúne na véspera da abertura da temporada no Bahrein no próximo mês.

No entanto, como a federação responde aos eventos de Abu Dhabi será um teste fundamental para o novo presidente Mohammed ben Sulayem, que pode ter seu mandato definido pela resposta dada a cerca do tema.

Por mais que o órgão espere que a controvérsia tenha desaparecido da consciência dos torcedores durante a intertemporada, qualquer ação fraca ou oculta certamente causaria descontentamento nos torcedores.

Também será interessante ver se a FIA admite que erros foram cometidos na forma como o GP de Abu Dhabi foi conduzido.

O resultado do relatório também será crítico para Hamilton e a Mercedes, que pouco se manifestam sobre o assunto desde o final do ano passado.

O heptacampeão avalia seu futuro na F1 com base no resultado da resposta da FIA, enquanto o chefe da escuderia alemã, Toto Wolff, deixou claro no ano passado que responsabilizaria o corpo governante por suas ações em Abu Dhabi.

No entanto, embora o foco do relatório da FIA às equipes seja sobre os eventos de Abu Dhabi, está claro que ainda há desconforto em relação a vários pontos da última temporada. Mesmo antes da controvérsia da rodada final, havia preocupações sobre a falta de consistência nas decisões de penalidade e confusão sobre as regras de corrida.

O chefe da McLaren, Andreas Seidl, sugeriu no lançamento do carro de sua equipe na semana passada que novos processos precisam ser introduzidos para permitir que a FIA admita erros e depois possa resolvê-los.

"Uma das belezas do esporte, não apenas do lado da equipe, mas também do lado da federação, é que é um esporte humano", explicou ele. "Portanto, precisamos aceitar que erros podem ser cometidos pelo time, mas também pela FIA - e mais de uma vez."

"Para mim, é muito importante discutirmos também que existe um mecanismo em que, se você estiver na posição de que erros são possíveis, você admite-os e tem um mecanismo para corrigir as consequências que tais erros ou controvérsias poderiam ter."

"Isso é tão importante quanto tentar evitar semelhantes em primeiro lugar."

F1: MCLAREN 'imita' Aston Martin e lança carro REAL de 2022, com esquema de cores INOVADOR; confira

Assine o canal do Motorsport.com no YouTube

Os melhores vídeos sobre esporte a motor estão no canal do Motorsport.com. Inscreva-se já, dê o like ('joinha') nos vídeos e ative as notificações para ficar por dentro de tudo o que rola em duas ou quatro rodas.

Podcast #161: O que aprovamos e reprovamos para temporada 2022 da F1

 

ACOMPANHE NOSSO PODCAST GRATUITAMENTE:

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior F1: Collet segue na academia da Alpine, que contrata dois novos pilotos; confira
Próximo artigo F1: Chefe da AlphaTauri acredita que carros continuarão com dificuldades de seguir em curvas de alta

Principais comentários

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Edição

Brasil Brasil