F1: Gasly pediu para Leclerc vencer em homenagem a amigo Hubert
Piloto da Toro Rosso revelou conversa com monegasco antes do GP da Bélgica. Ambos eram amigos do jovem morto no sábado
Em meio às lamentações pela morte de Anthoine Hubert em corrida da Fórmula 2 em Spa-Francorchamps, o GP da Bélgica de Fórmula 1 foi realizado neste domingo e teve um vencedor inédito: Charles Leclerc, da Ferrari.
O monegasco, porém, foi incapaz de comemorar seu primeiro triunfo na F1. Ele era amigo de Hubert e dedicou seu resultado ao francês, morto neste sábado. E Leclerc não foi o único abalado pela tragédia deste fim de semana.
Além de conterrâneo de Hubert, Pierre Gasly também era próximo do piloto da Academia da Renault. Sabedor das condições de vitória de Leclerc, o francês da Toro Rosso fez um pedido especial ao pole position.
"Eu disse ao Charles antes da corrida: “por favor, vença por Anthoine”, porque nós três começamos a correr juntos. Corremos lado a lado por muitos anos e nos conhecíamos muito bem. A morte de Jules [Bianchi], há alguns anos, e a de Anthoine, são horríveis para o automobilismo francês. Eles eram duas pessoas incríveis. É muito difícil de aceitar", disse Gasly.
"Quando você tem 22, 23 anos, você não está pronto para viver esse momento, perder um dos seus melhores amigos. Crescemos juntos desde os sete anos, quando corríamos de kart. Moramos juntos no mesmo apartamento por seis anos. Fomos colegas de classe dos 13 aos 19".
"É chocante, porque você não percebe o quão rápido as coisas podem acontecer. Já combinei de rever todos os amigos que tínhamos em comum amanhã, porque nenhum de nós conseguiu compreender de verdade o que aconteceu ontem. É muito triste", revelou.
"Ao longo das férias, eu estava conversando sobre segurança com pessoas que não pilotam e eles falavam: 'a F1 agora é muito segura, completamente diferente do que era”. Eu tenho que admitir que concordei".
"Quando estou no carro, sinto-me seguro, como se nada pudesse acontecer. Mas nessas velocidades, você volta à realidade. O que acontecer a 250, 300 km/h, independentemente do que você faça, sempre trará uma chance de morte, algo que aceitamos enquanto pilotos", ponderou.
"E aí infelizmente tivemos esse caso que serviu para lembrar a todos que é um esporte perigoso. Estou muito triste, pois era um dos melhores amigos nas pistas", completou Gasly, que voltou à Toro Rosso após breve passagem pela Red Bull na primeira metade desta temporada.
Relembre a carreira de Anthoine Hubert:
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