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F1: Hamilton diz ter aprendido lição após erros no GP do Brasil

Piloto britânico da Mercedes pondera que a corrida de Interlagos foi diferente de todas as outras da temporada 2019 da Fórmula 1

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10 leads Max Verstappen, Red Bull Racing RB15 and Sebastian Vettel, Ferrari SF90 at the restart

Hexacampeão mundial da Fórmula 1, Lewis Hamilton crê que seus problemas no GP do Brasil foram um importante exercício de aprendizado, já que o britânico da Mercedes correu de forma mais despretensiosa pelo fato de já ter assegurado o título na etapa anterior, nos EUA.

Hamilton lutava pela vitória com Max Verstappen, da Red Bull, acabou batendo no companheiro do holandês, o novato tailandês Alex Albon, chegou em terceiro atrás do francês Pierre Gasly, da Toro Rosso, e acabou caindo para sétimo pela punição decorrente da batida.

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O britânico não escondeu que foi o culpado pelo acidente que tirou Albon do pódio e aceitou o gancho da FIA sem sequer apresentar defesa. Dias depois da prova brasileira, o hexacampeão agora admitiu que a etapa de Interlagos foi um aprendizado.

"Quando você olha para a última corrida, vê que não levei a sério como as outras", disse Hamilton. “Se fosse uma corrida que valesse campeonato, eu simplesmente teria me contentado em chegar em segundo, garantindo os pontos”.

“Então, o que fica claro é que você precisa ter o equilíbrio para saber quando pressionar pela vitória. E essa foi a primeira corrida deste ano em que eu realmente pude arriscar daquela forma, indo além do limite e vendo o que aconteceria”.

“Ainda estou pagando o preço por esse pequeno acidente que tivemos. Mas, se os erros não existissem...  Você geralmente tem que cometer erros, porque é assim que você pode aprender e melhorar”, refletiu.

Hamilton também afirmou que tem trabalhado muito duro para melhorar sua pilotagem em todas as áreas, em sua tentativa de se tornar o melhor possível na F1. "Há pilotos que são muito rápidos nos treinos, mas não são particularmente bons na corrida", ponderou.

“Há pilotos que você vê que ainda hoje batem muito e cometem muitos erros. Na verdade, eles conseguem um bom ritmo em uma única volta, mas precisam mantê-lo ao longo de toda a prova”.

"Há ainda alguns pilotos que são bons nos freios e depois alguns caras são melhores em economizar seus pneus. E claro que você quer ser completo. Estou sempre trabalhando para ser o melhor possível”, afirmou o britânico.

“Estou sempre buscando a perfeição, tentando sempre melhorar. E, ao longo dos anos, aprendi diferentes estilos de pilotagem. Cada curva é diferente e você precisa se apegar a essas diferentes técnicas que está usando. Não é apenas uma técnica durante toda a volta”.

"Então, a prática realmente leva à perfeição, eu acho. E o exercício de tentar demais, ou tentar muito pouco, faz parte do processo", completou o hexacampeão, que busca superar os recordes do alemão Michael Schumacher na F1.

Veja 18 curiosidades que passaram despercebidas do GP do Brasil de 2019:

Primeira dobradinha da Honda desde 1991
Desde o GP do Japão de 1991 que a Honda não fazia uma dobradinha na F1. Na ocasião, Ayrton Senna liderava a corrida e já havia garantido o tricampeonato. Nos instantes finais, o brasileiro abriu a porta e deu a vitória de presente ao companheiro, Gerhard Berger, levando o narrador da TV Globo, Galvão Bueno, aos gritos de "Eu já sabia!" - Com a vitória de Verstappen e segundo de Gasly, a marca volta a ter uma dobradinha depois de 28 anos.
Primeira dobradinha Honda com duas equipes diferentes desde 1987
No GP da Itália de 1987, Nelson Piquet e Senna protagonizaram a última dobradinha da Honda com dois carros de equipes diferentes. Piquet corria pela Williams e Senna pela Lotus, ambas equipadas com motores Honda. - Com a vitória pela Red Bull e segundo de Toro Rosso, a marca volta a ter uma dobradinha com dois carros diferentes depois de 32 anos.
17 de novembro - Vitória da Honda em dia do aniversário de seu criador
Soichiro Honda nasceu em 17 de novembro de 1906 e comemoraria 113 anos se estivesse vivo para ver a vitória de Max Verstappen no Brasil. O fundador da marca japonesa, entusiasta do automobilismo, faleceu em agosto de 1991. Na foto, Soichiro posa ao lado do Honda RA270, carro da estreia da marca na F1, em 1964.
Verstappen e Interlagos - Emoção garantida
Após uma apresentação de gala na chuva em Interlagos em 2016, choveram comparações entre Ayrton Senna e Max Verstappen. O holandês voltou a brilhar na pista em 2018, quando só perdeu a vitória por um enrosco com um retardatário (Estaben Ocon). Em 2019, finalmente saiu a primeira vitória no Brasil.
Honda só venceu em Interlagos com Senna e Verstappen
Se os fãs brasileiros já fazem comparações entre Senna e Verstappen, esse dado só apimenta ainda mais a discussão. A Honda venceu apenas duas vezes em Interlagos: Em 1991 com Senna e em 2019 com Verstappen.
Novo pódio mais jovem da história da Fórmula 1
23 anos, 11 meses e 16 dias, era a idade média de Sebastian Vettel, Heikki Kovalainen e Robert Kubica quando subiram ao pódio do GP da Itália de 2008. Com o pódio deste fim de semana, Verstappen, Gasly e Sainz derrubaram essa marca por cerca de três meses: São exatos 23 anos, 8 meses e 23 dias.
Competitividade garantida em Interlagos
Desde que retornou à Fórmula 1 em 1990, o autódromo de Interlagos já teve 30 edições consecutivas com 18 vencedores diferentes. Michael Schumacher é o recordista, com quatro vitórias, enquanto Alain Prost inaugurou o novo traçado em 1990 e Verstappen tornou-se o mais recente a triunfar no circuito paulistano.
Primeiro pódio da McLaren desde 2014
Kevin Magnussen levou a McLaren ao delírio no GP da Austrália de 2014, primeira corrida do ano e estreia da jovem promessa na F1, logo com um segundo lugar. Após a prova, Daniel Ricciardo foi punido e Jenson Button se tornou o terceiro colocado da prova. Carlos Sainz Jr. foi o responsável por quebrar o incômodo jejum da segunda equipe mais vitoriosa de todos os tempos.
100º pódio espanhol na Fórmula 1
COm o pódio de Carlos Sainz Jr. no GP do Brasil, a Espanha alcançou seu pódio de número 100 na F1. Apesar de Fernando Alonso ser o responsável por 97 desses pódios, o primeiro foi conquistado por Alfonso de Portago, no GP da Grã-Bretanha de 1956, de Ferrari. O outro espanhol da lista é Pedro de La Rosa.
Primeiro pódio da McLaren com motor Renault
Ao longo de mais de cinco décadas de história, a McLaren já contou com motores Ford, BRM, Alfa Romeo, Porsche, Honda, Peugeot, Mercedes e atualmente utiliza os propulsores Renault. O pódio no Brasil, é o primeiro da aliança entre britânicos e franceses.
Renault volta ao pódio depois de quase 1 ano
Antes de subir ao pódio no Brasil, a Renault havia subido ao pódio pela última vez no GP de Abu Dhabi de 2018. No entanto, por conta da relação conflituosa com a Red Bull, nos registros oficiais consta que o motor é da Tag Heuer, patrocinadora da equipe que adquiriu o direito de chamar o motor francês de seu.
Desde 2015 um francês não subia ao pódio na F1
Antes do segundo lugar de Pierre Gasly em Interlagos, a última vez que um francês subiu ao pódio na F1 foi no GP da Bélgica de 2015, quando Romain Grosjean, de Lotus, conquistou o último de seus 10 pódios na categoria, até o momento.
Primeiro pódio sem Ferrari ou Mercedes desde 2013
A última vez que a F1 viu um pódio sem Ferrari ou Mercedes foi no GP dos Estados Unidos de 2013. Na ocasião, a prova foi vencida por Sebastian Vettel, que teve Mark Webber e Romain Grosjean a seu lado. Em Interlagos, a Mercedes, com Hamilton, chegou a subir ao pódio, mas o britânico foi punido por tocar em Alex Albon e acabou perdendo o posto para carlos Sainz Jr.
Público recorde em Interlagos
A prova de 2019 contou com a maior quantidade de fãs presentes no autódromo desde a prova de 2001. No último fim de semana, Interlagos reuniu 158.213 espectadores nas arquibancadas, número inferior apenas aos 174 mil presentes na edição de 2001.
O retorno do laranja da McLaren ao pódio
A icônico cor laranja da McLaren é alvo da paixão de muitos dos fãs da equipe, que estreou na F1 com essa cor e foi gradualmente diminuindo a presença da cor em seu chassi. O último pódio de um carro da equipe que tinha o laranja no esquema principal de cores foi no GP do Canadá em 1973, com Peter Revson.
Renault iguala Ferrari em pódios em Interlagos
A Renault subiu ao pódio em Interlagos pela primeira vez em 1980, com a vitória da equipe com Jean Pierre Jabouille. De lá para cá, a equipe acumula 27 pódios no circuito paulistano. A conta também é extra-oficial, já que a Red Bull usou o nome Tag Heuer nos motores franceses em duas ocasiões em que esteve no pódio. A Ferrari, que ficou de fora do pódio em 2019, viu sua marca ser igualada pelos franceses com o terceiro lugar de Carlos Sainz Jr.
Melhor resultado da Alfa Romeo desde que retornou à F1
A Alfa Romeu deixou a F1 como equipe própria em 1985, mas aquela temporada foi marcada por abandonos e resultados fracos. O terceiro lugar de Ricardo Patrese no GP da Itália de 1984 é a última marca relevante da equipe, que terminou em 4º com Kimi Raikkonen em Interlagos.
Mulher no pódio pela primeira vez no Brasil
A engenheira de estratégia da Red Bull, Hannah Schmitz, se tornou a primeira mulher a subir ao alto do pódio no GP do Brasil, como representante da equipe. Apesar de outras mulheres já terem tido a mesma honra na categoria, foi a primeira vez que isso aconteceu em terras brasileiras.
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