F1: Mudanças no assoalho custarão às equipes meio segundo por volta; entenda novidade

Modificação no regulamento foi realizada no começo do ano passado em resposta ao porpoising

Oscar Piastri, McLaren MCL36

Em meio aos problemas que várias equipes da Fórmula 1 enfrentaram no ano passado com o excesso de quicadas, a FIA realizou uma intervenção em busca de erradicar o fenômeno. Agora, elas terão que correr atrás para recuperar cerca de meio segundo perdido por volta em 2023, graças às mudanças no regulamento envolvendo o assoalho.

Além de introduzir uma resposta a curto prazo, com o uso da Métrica de Oscilação Aerodinâmica (AOM em inglês), a Federação também fez as modificações no regulamento pensando em 2023.

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Um dos pontos-chave das mudanças é o aumento de 15mm nas bordas do assoalho, visando desencorajar as equipes de colocarem os carros muito próximo do chão, área onde ocorre o porpoising.

Nikolas Tombazis, diretor técnico da FIA para categorias de monopostos, tem certeza de que as mudanças no regulamento foram essenciais, e fala sobre a perda de performance que as equipes podem esperar.

"Não tenho dúvidas de que fizemos o certo. Tentamos encontrar uma solução pragmática de curto prazo e outra de médio. Não vai acabar completamente com o porpoising, mas ajudará a reduzir".

Questionado sobre a perda de downforce que as equipes podem esperar, Tombazis disse: "Não muito. Acho que eles perderão entre 15 e 20 pontos de downforce, que pode corresponder a meio segundo ou algo assim. Mas certamente o desenvolvimento ao longo do ano irá superar isso".

Carlos Sainz, Ferrari F1-75, Lewis Hamilton, Mercedes W13

Carlos Sainz, Ferrari F1-75, Lewis Hamilton, Mercedes W13

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Enquanto várias equipes foram surpreendidas pela extensão do porposing dos novos carros, Tombazis acredita que ninguém pensou que seria tanto assim.

"Pegou todos de surpresa. Ouvi alguns comentários esnobes de pessoas em nosso departamento histórico e mais. Mas, na realidade, ninguém previu com exatidão. Mas assim que compreendemos a dimensão do problema, tomamos medidas e, no meio tempo, as equipes aprenderam, e no geral tivemos uma grande mudança desde Baku".

Apesar das equipes e da FIA terem agora uma compreensão melhor sobre o porpoising, Tombazis acha que seria errado pensar que ele vai sumir completamente.

"Acho que ele vai reduzir com as mudanças. Mas se iremos superá-lo completamente ou se teremos que lidar com isso ocasionalmente, ainda teremos que ver".

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