F1: Pilotos cogitam fazer manifestação contra o racismo no GP da Áustria
Lando Norris revelou que uma definição será feita após reunião entre competidores nesta sexta-feira
Neste domingo, os pilotos da Fórmula 1 podem se ajoelhar no grid antes do GP da Áustria, que abre a temporada 2020, para mostrar solidariedade aos protestos contra a injustiça racial em todo o mundo.
Em meio ao atual ativismo contra o racismo nas últimas semanas, a F1 lançou a campanha ‘We Race as One’ (Nós Corremos Como Um, em inglês), com o objetivo de melhorar a inclusão e a diversidade no esporte.
Já a equipe Mercedes, atual hexacampeã da F1, mudou a tradicional pintura prata de seu carro para um esquema de cores preto que será usado durante toda a temporada 2020, como parte de sua mensagem antirracismo.
As manifestações tomam conta de todo o esporte: antes do início da rodada que marcou a volta do futebol do Campeonato Inglês, os jogadores se ajoelharam, em uma demonstração de solidariedade ao movimento ‘Black Lives Matter’ (Vidas Negras Importam, em inglês).
Voltando ao mundo da F1, o piloto britânico Lando Norris, da McLaren, revelou que um movimento semelhante está sendo discutido entre os pilotos da categoria para antes da corrida na Áustria, neste domingo.
"Alguns dos pilotos já conversaram [sobre o gesto]", disse Norris ao PA Sport. "Se vamos fazê-lo, devemos fazê-lo todos do grid. Isso será discutido após o briefing dos pilotos da Associação de Pilotos do GPs, na sexta-feira. Faremos o que pudermos para mostrar que nos importamos e respeitamos a todos. Faremos o que for certo quando chegar a hora", completou o companheiro do espanhol Carlos Sainz Jr.
Chefe de equipe da dupla na McLaren, o dirigente Andreas Seidl disse que o time de Woking apoiará seus pilotos caso desejem se ajoelhar antes da corrida: "Apoiamos totalmente todas as iniciativas que estão em andamento no momento. Deixamos completamente a critério de nossos pilotos como eles sentem que precisam lidar com as diferentes iniciativas que estão em discussão no momento.”
Como parte do anúncio de sua nova pintura para 2020, a Mercedes também confirmou os planos de um novo esquema para melhorar a diversidade dentro de sua equipe, revelando que apenas 3% de sua força de trabalho se identifica como pertencente a uma minoria étnica.
Seidl disse que a McLaren também está ativamente envolvida em esquemas para melhorar a diversidade em sua força de trabalho. "Racismo ou discriminação são claramente algo que não tem lugar na McLaren", disse o dirigente.
"A cultura que temos aqui em nossa equipe é claramente uma cultura em que queremos valorizar cada membro ou a contribuição de cada membro da equipe, oferecendo oportunidades iguais para todos os membros ", seguiu.
"Estamos executando muitas iniciativas diferentes também para apoiar minorias ou grupos que estão atualmente sub-representados em nossa organização, para simplesmente dar oportunidades ainda melhores.”
"Estamos analisando nossos processos de como contratamos pessoas e como promovemos pessoas em nossa organização. Simplesmente não importa para nós a que religião alguém pertence, a cor de sua pele, estilo de vida, gênero, etc. Apoiamos fortemente todas as iniciativas que a Fórmula 1 está lançando no momento", completou o chefe da McLaren, que busca se aproximar de Red Bull, Ferrari e Mercedes em 2020.
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