FIA: diferença de 0s3 entre Mercedes, Ferrari e Renault
Federação Internacional de Automobilismo realizou análise e está convencida de que diferença de desempenho dos motores das três fabricantes está dentro de três décimos de segundo
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) analisou o desempenho das quatro unidades de potência diferentes na Fórmula 1 e estima que Ferrari, Mercedes e Renault estão praticamente no mesmo patamar, como o órgão desejava.
Charlie Whiting, diretor de prova da F1, revelou que as equipes receberam tais informações nesta semana, durante a reunião do Grupo de Estratégia da categoria.
“Parte do acordo entre as fabricantes no ano passado era um elemento de convergência das unidades de potência. Era um sistema em que saberíamos após as três primeiras corridas se teríamos uma convergência entre os motores", disse.
“O valor definido foi que tivéssemos três das quatro fabricantes com uma diferença na casa de 0s3 por volta em Barcelona. Mas é mais complicado do que parece, pois a metodologia para detectar isso é bastante detalhada, baseada em dados que apenas nós temos", disse.
“Coletamos todos os dados possíveis nas três primeiras corridas, de todas as fabricantes. Temos engenheiros de simulação em Genebra e em Fabrice Lom (sede de motores da FIA). Eles analisaram os dados e, baseados no método aceito por todas as fabricantes para entendermos o que teríamos em termos de uma volta em Barcelona", afirmou.
“Isso foi feito e anunciamos os resultados dos estudos para o Grupo de Estratégia nesta semana, informando que temos a convergência que buscávamos", acrescentou.
Questionamento
Entende-se que o anúncio da FIA não agradou à Red Bull, com o time questionando o fato de a Renault estar dentro de tal margem. Whiting respondeu dizendo que a FIA seguiu os procedimentos aprovados pelas fabricantes.
“Fizemos algo cuja metodologia todos aprovaram, isso é o mais importante. As quatro fabricantes sentaram conosco por horas e horas para desenvolvermos este método complexo. Claro que isso foi feito entre nós e as fabricantes, não entre as equipes, então creio que exista alguma surpresa. Mas nossa convergência foi definida por um método", disse.
“Não podemos renegociar isso, é algo que está colocado ali por um ano ou mais. Todos sabiam o que iríamos fazer e como iríamos fazer. Isso foi feito e estes são os resultados." afirmou.
O acordo para cobrir apenas as três primeiras fabricantes dentro da margem de 0s3 indica que não há espaço para nenhuma abertura nas regras para auxiliar a Honda, que está defasada em relação às demais.
Questionado sobre o tema, Whiting respondeu: "Não se trata de ajudar um ou outro. Trata-se de estabelecer padrões que foram estabelecidos, deixar os tokens para trás e buscar elementos que nos ajudassem a chegar na convergência, o que funcionou", acrescentou.
Por fim, Whiting disse que a FIA seguirá monitorando o desempenho dos motores pelo restante da temporada para garantir que a margem de 0s3 se mantenha.
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.