FIA elogia protocolos de Covid da F1: "Podemos correr onde quisermos"
Coordenador de protocolos de Covid da FIA elogiou trabalho feito pela F1, afirmando que o único empecilho para o futuro são as restrições dos países
Após um intenso esforço da Federação Internacional de Automobilismo e a Liberty Media, dona da Fórmula 1, a categoria conseguiu montar um calendário completo em meio a pandemia. E, para a FIA, os protocolos determinados são tão bem sucedidos que a F1 pode se sentir confortável para correr em qualquer lugar, desde que os governos locais permitam.
Com a inclusão de rodadas triplas e o retorno de pistas que não figuravam no calendário há alguns anos, a F1 conseguiu montar um calendário com 17 etapas, número tradicional de corridas nas temporadas ao longo dos anos 2000.
Junto com o desafio logístico para a realização do GP da Rússia, com uma viagem maior do que as feitas até então, criou-se a confiança de que os procedimentos realizados permitem que a F1 volte a correr ao redor do mundo agora.
Bruno Famin, diretor de operações da FIA, que coordena os protocolos de Covid da instituição, tem fé que o esporte pode retomar suas atividades normais ao redor do mundo, desde que os governos e as normas permitam a realização de uma corrida de F1.
"Para mim, o único problema são as restrições de viagem dos governos", disse ao Motorsport.com. "Já corremos em países e regiões onde a situação da Covid não era das melhores, e deu certo".
"Acho que isso nos dá evidências suficientes de que o protocolo funciona em todas as circunstâncias. Os únicos problemas são questões legais, as restrições de viagem, se temos que fazer quarentena ou não e se a organização honrou a autorização para o evento".
"Acredito que, com esse protocolo, podemos correr onde quisermos. Mas tudo depende da autorização e da possibilidade de correr naquele local".
A F1 espera montar um calendário mais normal para 2021, apesar de ainda ser incerto quantos dos eventos regulares poderão ser realizados em meio a dúvidas sobre a possibilidade da vacina da Covid surgir nos próximos meses.
Famin disse que, em termos de planejamento de novas etapas para o futuro, a FIA precisa de seis semanas para viabilizar as operações.
"Sempre precisamos de quatro a seis semanas de preparação para um evento, tendo um primeiro contato com a organização local junto com a FOM. Organizamos processos com as autoridades locais. Temos que saber como vamos trabalhar com o laboratório de testes".
"Temos também que lidar com zonas de alta e baixa densidade, áreas vermelhas e amarelas. E saber qual é o limite, onde cada um pode ir, como podemos checar temperaturas. São detalhes do tipo e depois na pista, processo de testes".
Apesar de um crescimento no número de casos positivos nas últimas semanas, principalmente envolvendo pessoas de montagem, sem relação com a F1, FIA ou equipes, Famin está feliz com o andamento das coisas.
"Desde o início da temporada, depois do cancelamento de Melbourne, até o nosso reinício na Áustria, o desafio não era evitar casos positivos. Sim, queríamos evitar ao máximo. Mas o principal era ter um processo que nos permitisse correr, mesmo com casos positivos, sem gerar uma disseminação interna ou na população local. Esse era o desafio".
"Ter casos positivos é normal. O desafio é como gerenciar isso, identificar, ter aquele contato próximo, isolar quem este em contato, evitar a disseminação sem criar mais problemas. Esse é o desafio para todos os eventos no futuro".
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