Ford diz que boom da F1 faz com que categoria "seja considerada"

Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, diretor de automobilismo da montadora analisou perspectivas para o futuro

Ford logo

Foto de: John Harrelson / Motorsport Images

O diretor de automobilismo da Ford afirmou que seria negligência da gigante americana não considerar um retorno à Fórmula 1 em meio ao rápido crescimento do esporte nos Estados Unidos.

Segundo rumores, a icônica marca estaria em negociações avançadas com a Red Bull sobre uma parceria na produção dos motores da Red Bull Powertrains a partir da temporada 2026. Há até indicações de que o acordo pode ser fechado antes do início do campeonato.

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Por enquanto, a Ford mantém silêncio sobre o status das negociações com a Red Bull. Porém, a marca agora admite que o aumento cavalar da popularidade desde a compra pela Liberty Media mudou percepções, fazendo com que um retorno ao esporte esteja no radar.

O último envolvimento oficial da Ford na F1 foi com a equipe Jaguar entre 2000 e 2004, além de estampar o nome nos motores Cosworth até aquele ano. Desde então, os esforços da montadora focaram em outras categorias, como carros esportivos e o Mundial de Rally.

Mark Rushbrook, chefe da Ford Performance, sugeriu a mudança no pensamento da marca agora, com a F1 sendo válida para consideração. Falando com exclusividade ao Motorsport.com, disse: "A Fórmula 1 está certamente forte e crescendo, tanto nos Estados Unidos quanto globalmente".

"O que eles fizeram bem foi criar boas corridas e boa competição. Ainda é o pináculo, mas eles conseguiram atingir novos públicos com coisas como Drive to Survive. Como empresa, corremos pela inovação, transferência tecnológica, a oportunidade de aprender, mas também pelo marketing. A situação certamente mudou, e definitivamente exige ser considerada".

Questionado sobre os rumores de uma potencial entrada em 2026, Rushbrook disse: "Não comentamos sobre especulação, mas é a mesma coisa com todas as categorias por aí. É nossa responsabilidade estudarmos e entendermos, somente depois tomando uma decisão sobre [a entrada] fazer sentido ou não".

Logo da Ford em um carro do WRC

Logo da Ford em um carro do WRC

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Um outro elemento que torna a F1 mais atrativa para as montadoras é a mudança para o uso de combustível 100% sustentável a partir de 2026, um fator que foi citado pela Audi e a Cadillac como fundamentais para o interesse pelo esporte.

Rushbrook sente que há um grande valor nas categorias que não estão correndo para um caminho totalmente elétrico.

"O combustível sustentável é definitivamente algo que estamos interessados, mas já estamos fazendo isso em outras categorias. O WRC começou isso no ano passado e tem sido importante na história, um grande aprendizado para nós".

"Os veículos que estamos vendendo, algumas regiões vão para o elétrico mais rápido que outras, enquanto algumas seguirão com motor de combustão interna por mais tempo".

"Mas queremos ser sustentáveis no que fazemos como empresa, não somente produzindo elétricos, mas com motores a combustão mais sustentáveis também. Apoiamos todas as categorias que vão adotar combustíveis sustentáveis, participando ou não".

Outra fagulha que pode aumentar o interesse da Ford pela F1 seria a entrada da Cadillac, da General Motors, junto da Andretti. Ter uma de suas principais rivais na categoria certamente pode aumentar o ímpeto da Ford em assumir o desafio. Mas Rushbrook nega que a GM ditará os planos.

Questionado se o envolvimento da GM mudaria alguma coisa para a Ford, disse: "Não necessariamente. Mas será interessante ver esse progresso, se eles terão sucesso para se tornarem a 11ª equipe".

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