Grupo McLaren deve demitir 1,2 mil funcionários em reestruturação da empresa
Reestruturação será feita pelo impacto causado pela pandemia na empresa e visando a introdução do teto orçamentário em 2021
A McLaren deve demitir cerca de 1.200 funcionários de seus departamentos automotivo, de tecnologia e de corrida, como parte de uma grande reestruturação dos negócios. A mudança no modelo foi decidida após o impacto da pandemia da Covid-19 e a chegada iminente do teto orçamentário na Fórmula 1 em 2021.
A equipe britânica sofreu um forte impacto financeiro com a pandemia, que afetou bastante a venda de carros e levou à suspensão imediata da temporada da F1.
A empresa anunciou nesta terça-feira que irá iniciar um período de consulta com os funcionários para finalizar as medidas que serão tomadas, mas um comunicado divulgado afirma que a McLaren acredita que terá cerca de 1.200 dispensas em todo o grupo.
Foi apurado que, das operações da F1, cerca de 70 funcionários deverão ser cortados, mas os detalhes finais ainda não foram acertados.
Paul Walsh, presidente executivo do Grupo McLaren, disse: "Lamentamos profundamente o impacto que essa reestruturação terá sobre todo o nosso pessoal, especialmente aqueles cujos empregos podem ser afetados".
"É um curso de ação que trabalhamos duro para evitar, já tendo adotado medidas drásticas de redução de gastos em todas as áreas da empresa. Mas agora não temos outra escolha se não reduzir o tamanho da nossa força de trabalho".
"Este é, sem dúvidas, um momento desafiador para a nossa empresa e, principalmente, para o nosso pessoal, mas planejamos emergir como um negócio eficiente e sustentável, com um curso claro para o retorno ao crescimento".
Na semana passada, as equipes da F1 votaram pela redução do teto orçamentário de 2021, que foi acertado em 145 milhões de dólares (R$ 790 milhões), com o projeto de redução nas temporadas seguintes.
Essa mudança pode forçar as equipes maiores a reduzir o número de funcionários, com a McLaren sendo a primeira a tomar uma atitude do tipo.
Walsh acrescentou: "A McLaren Racing defendeu a introdução do novo teto orçamentário da Fórmula 1 em 2021, que criará uma base financeira sustentável para as equipes e levará a um esporte mais competitivo".
"Embora isso tenha um impacto significativo na forma e no tamanho da nossa equipe na F1, agora começaremos a tomar as medidas necessárias para estarmos prontos para a disputa a partir de 2021, a fim de buscar novamente as vitórias e campeonatos no futuro".
A divisão de tecnologia da McLaren já havia mudado o foco para fluxos de receita de alto crescimento, enquanto espera que as vendas de carros de rua sejam impulsionadas pelas entregas de um novo supercarro, o 765LT, em outubro, e pelo Elva, um speedster ultra-exclusivo.
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