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Hamilton é contra chefe da Mercedes assumir a gestão da Fórmula 1

Piloto britânico defende que a categoria seja gerenciada por uma pessoa neutra, sem ligação com nenhuma equipe

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG F1 and Toto Wolff, Mercedes AMG F1 Director of Motorsport

O chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff, tem sido especulado como substituto de Chase Carey como CEO da Fórmula 1, pois o atual mandatário deverá deixar o cargo ao fim de seu contrato com a Liberty Media. Lewis Hamilton acredita que Wolff é o melhor no ramo, mas defende que a F1 seja liderada por uma pessoa sem conexão com as equipes para manter a neutralidade nas decisões.

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Hamilton esteve presente na reunião de Paris sobre as novas regras que entrarão em vigor em 2021 e disse que seria difícil para qualquer não se inclinar ao antigo empregador.

“Eu não acredito que exista um administrador melhor do que Toto dentro da F1,” disse Hamilton. “No entanto, olhando de fora como um fã, quando você entra na sala com pessoas que precisam tomar decisões, nós somos humanos”.

“Nós temos Jean Todt, eu conheço a capacidade dele, mas o fato é que ele esteve com o time vermelho por muito tempo, então quando ele levanta de manhã, se tiver uma camisa vermelha e uma cinza, ele provavelmente vai vestir a vermelha. Da mesma forma que se eu acordar e ver um número 44 e um número 6, eu vou pegar o 44. E Toto tem sido parte da Mercedes por um longo período. Eu não sei se isso não pode influenciar em algo".

“Mas se é uma opção de administração, eu acho que ele é o melhor, mesmo assim eu acredito que o melhor cenário seria com alguém de fora, que seja neutro, se houver alguém que possa ser totalmente neutro, que não olhe pela Ferrari”.

Quando o britânico foi questionado sobre o que aprendeu ao participar da reunião em Paris, sua resposta foi que as equipes têm influência demais nas decisões.

“Penso na FIA, eles são uma entidade governamental, eles precisam tomar todas as decisões. Os times não deveriam se envolver nisso, porque todos os times vão querer algo para eles mesmos. Eles não vão querer que eu fale isso, mas em todo caso, isso tudo é natural”.

“Seria o mesmo se todos os times de futebol estiverem na sala e dissessem como o esporte deveria ser. Eles fariam pressão visando o próprio benefício. Enquanto você tem um grupo central de pessoas inteligentes, como a FIA por exemplo, seu único trabalho com a Liberty Media é fazer o esporte grandioso novamente”.

“Se isso envolver a contratação de indivíduos ou o quer que seja. Mas eles precisam ter o poder e apenas tomar as decisões. Atualmente, se eles fizessem isso, nem sempre teriam as respostas certas".

Hamilton admitiu que ficou frustrado com alguns pontos da reunião em Paris, em especial quando o grupo passou a discutir o aumento do peso do carro em 2021.

“Você senta lá e eles estão falando sobre fazer o carro mais pesado, e isso me deixa perplexo. Por que vão fazer o carro mais pesado?”.

“O carro já é 130kg mais pesado ou algo assim do que quando eu comecei no esporte, e o que eles não sabem é que nós usamos os melhores freios que existem, que são tão excelentes quanto podem ser, e eles estão superaquecendo e se desfazendo, então as áreas de frenagem não são excelentes”.

“Se você acrescentar outros 30kg, só vai piorar para os freios e para o carro, você vai precisar economizar mais pneus, e todas essas coisas diferentes, é como um efeito dominó. Mas agora com os pilotos lá, talvez eles façam bastante barulho”.

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