Interesse na F1 é tamanho que calendário poderia ter "facilmente" 30 corridas, diz Domenicali

Mas CEO da F1 diz que não é possível fazer isso e que categoria já estuda quais corridas podem ser "permanentes" e quais poderiam entrar em rotação

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B, Valtteri Bottas, Mercedes W12, Sergio Perez, Red Bull Racing RB16B, Charles Leclerc, Ferrari SF21, Carlos Sainz Jr., Ferrari SF21, and the rest of the field at the start

A Fórmula 1 vive um momento de popularidade tão grande que vem atraindo a atenção de potenciais novas praças, a ponto de que o calendário da principal categoria do automobilismo mundial poderia "facilmente" contar com 30 corridas, segundo o CEO Stefano Domenicali.

Nos últimos anos a F1 vem passando por uma expansão no calendário e após as 22 provas de 2021, a próxima temporada promete um recorde de 23 GPs com a chegada de Miami. E há outras etapas que buscam entrar no esporte, como o retorno à África do Sul, uma segunda corrida na China, uma terceira nos Estados Unidos e mais, enquanto o Catar já está confirmado para voltar em 2023.

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O inchaço do calendário da F1 tem sido um tema de constante debate nos últimos anos, com críticas à manutenção das rodadas triplas e o cansaço em cima dos membros das equipes, com um alarmante relato publicado pelo Motorsport.com em dezembro do ano passado.

Com o regulamento atual limitando o número de corridas para 25 por ano, o total previsto pela Liberty Media quando assumiu a categoria em 2017, Domenicali acredita que não seja tão simples seguir adicionando corridas ao calendário.

"Vivemos um grande momento na Fórmula 1, sem dúvidas", disse Domenicali em entrevista ao portal The Race. "Em termos de intensidade esportiva na pista, interesse de investidores, público, a chegada de uma nova base de fãs e um novo modo de falarmos com as pessoas, tendo um caminho claro no futuro dos regulamentos que é relevante ao nosso DNA e a tecnologia do futuro, com os combustíveis sustentáveis e a hibridização".

"Por isso, é verdade que há um grande interesse por novos lugares, ou antigos, para se unirem ao calendário. Acho que, sem dúvidas, sem qualquer tipo de limitação, que é correto de ser mantido, poderíamos ter facilmente mais de 30 corridas que podemos fechar contrato amanhã, mas não podemos seguir nessa direção".

Admitindo que não é possível ficar empilhando novas corridas, Domenicali falou qual é a melhor estratégia a ser seguida.

"É um bom problema para se ter, lidar com as mais importantes em termos de estratégia, negócios, de futuro de onde temos que ir. É algo que estamos compreendendo agora, sobre quais os melhores GPs que queremos manter em uma base estável, e quais lugares podemos fazer uma rotação".

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