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McLaren: F1 corre risco de se tornar "campeonato de cópias" após decisão sobre Racing Point

O chefe da equipe afirmou que espera com atenção a decisão sobre o protesto contra a Mercedes rosa da Racing Point

Sergio Perez, Racing Point RP20, leaves the garage

O grande assunto do momento na Fórmula 1 é o protesto da Renault contra a Racing Point, alegando que a equipe britânica copiou o carro de 2019 da Mercedes, o que representa uma quebra no regulamento. Para o chefe da McLaren, a decisão da FIA nesse caso pode abrir uma perspectiva perigosa para a categoria.

A Renault alega que a rival copiou os dutos de freio da Mercedes de 2019, o que representaria uma quebra no regulamento por uso de propriedade intelectual de outra equipe.

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A Racing Point, desde o início, assumiu que o RP20 teve como base a Mercedes W10 de 2019, levando ao apelido de "Mercedes rosa", mas sempre defendeu que tudo foi feito dentro do regulamento.

A FIA deve divulgar sua decisão sobre o caso no intervalo entre o GP da Hungria e o GP da Grã-Bretanha, no início de agosto.

O chefe da McLaren, Andreas Seidl, frequentemente se refere à Racing Point como "a Mercedes do ano passado", mas, anteriormente, disse que não achava que existia base para um protesto. Na sexta, Seidl disse que ficaria "surpreso" se o carro da Racing Point fosse julgado ilegal, devido ao fato da equipe nunca ter escondido a inspiração.

Porém, ele sentiu que o caso lidaria com uma questão maior sobre o status de equipes independentes e construtoras, temendo que isso possa criar um precedente para o futuro do esporte.

"O protesto é outro elemento chave para termos algumas explicações, por parte da FIA e da F1 sobre o que eles querem que a F1 seja no futuro", disse. "Eles querem que a F1 acabe sendo um campeonato de cópias? Em um campeonato com duas ou três montadoras?".

"Nós definitivamente achamos que é o caminho errado para a F1, e não é um modelo sustentável para nós".

Seidl disse que, apesar da FIA estar buscando apenas similaridades entre o design dos dutos de freio da Mercedes de 2019 e da Racing Point de 2020, há implicações maiores sobre o trabalho das equipes nos carros.

"A F1 sempre foi uma competição entre 10 construtores, onde o carro é resultado de conhecimento, potência, engenharia, que você forma dentro de sua própria equipe ao longo dos anos".

"Quando você pensa em compartilhar partes de suspensão por exemplo, não é apenas uma questão de compartilhar peças ou design. Uma suspensão é resultado da experiência que você constrói na equipe ao longo de muitos, muitos anos".

"Cada parte de um carro de F1 é parte de um conceito de um carro inteiro. Isso é algo que a F1 precisa decidir se quer seguir assim ou não. Nossa posição é clara, é importante termos essas respostas para também definirmos o nosso futuro como equipe".

"Mas nós claramente queremos continuar sendo uma equipe independente com nossa identidade. Então mal podemos esperar pelo resultado disso".

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