Mercedes e Red Bull mudam suspensão e são aprovadas pela FIA
Entidade pediu para que conjunto de suspensão não desempenhe papel aerodinâmico de forma intencional e espera que assunto esteja resolvido
A FIA está confiante de que a controvérsia envolvendo os sistemas de suspensão dos carros da F1 não irá resultar em protestos no GP da Austrália, já que Red Bull e Mercedes foram solicitadas para alterar os elementos que foram inspecionados durante os testes.
A polêmica das suspensões teve início na pré-temporada, depois que a Ferrari pediu por esclarecimentos da FIA a respeito da legalidade de itens que ajudavam na performance aerodinâmica dos carros.
A intenção original das conversas entre a Ferrari e a FIA era compreender os conceitos teóricos que ela queria adotar, embora muitos considerem que o real motivo foi para questionar as soluções criativas que Mercedes e Red Bull vinham utilizando.
Após um esclarecimento final da FIA nos testes que explicava que sistemas de suspensão não deveriam ser criados intencionalmente para ajudar na performance aerodinâmica, a entidade examinou os projetos de todas as equipes.
Os times precisavam provar à FIA que seus sistemas não ajudavam no rendimento aerodinâmico dos carros – algo que Mercedes e Red Bull não conseguiram fazer, o que exigiu mudanças.
O diretor de provas da F1, Charlie Whiting, explicou: “Você não está autorizado a ter um sistema de suspensão que afete a performance aerodinâmica do carro, a menos que seja algo acidental. Nós não permitiremos isso. Essa é a abordagem que estamos adotando”, comentou.
“Queremos ver se a suspensão é uma suspensão comum ou se ela existe em função da aerodinâmica do carro. Essa é a mudança. Estamos focados mais nisso nesta temporada.”
“Se a suspensão se comporta de maneira assimétrica, então não há uma razão justificável para ela se comportar assim. Então, se a suspensão se abaixa em uma velocidade e volta à posição normal em outra, então não deveria haver nenhum motivo para isso.”
“Se as equipes não tiverem a capacidade de nos convencer, então eles não poderão usá-la.”
Ainda não se sabe ao certo qual será o impacto que a decisão terá na Red Bull e na Mercedes, mas sabe-se que o time alemão não utilizou o sistema em todas as corridas do ano passado. Então, a equipe poderá usar uma alternativa que já teve uso bem sucedido no passado.
Com o pedido feito a Red Bull e Mercedes, Whiting espera que o assunto já tenha sido solucionado de vez.
“Até agora, tudo está indo bem”, disse, quando questionado pelo Motorsport.com a respeito das inspeções realizadas em Melbourne.
“Marcin [Budkowski] e Jo [Bauer, ambos do corpo técnico da FIA] trabalharam muito em Barcelona, e aqueles que já vimos até agora [na Austrália] estão como esperávamos que estivessem. Acreditamos que não irá acontecer nenhum problema.”
Todos as 10 equipes já foram examinadas pela FIA e todas elas tiveram seus sistemas de suspensão aprovados.
Queima de óleo
Whiting também afirmou que, durante o GP da Austrália, haverá uma checagem nos motores dos carros a fim de examinar os problemas de queima de óleo.
A Red Bull pediu por esclarecimentos sobre o assunto por suspeitar que a Mercedes utiliza tal tática em voltas de classificação a fim de ganhar desempenho – algo que a equipe nega veementemente.
Whiting confirmou: “Certamente estamos monitorando o assunto. Trabalhamos fundo nisso em Barcelona. Vamos inspecionar todos os sistemas e checaremos de forma aleatória o uso do óleo para garantir que ele não está sendo usado como combustível.”
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