Os anos de Schumacher na Mercedes não foram o que todos esperavam. Depois de três temporadas sem correr, tendo sofrido um acidente de moto e já com mais de 40 anos, o alemão decepcionou. Mas no Canadá em 2011 Schumi lembrou bastante sua melhor fase. Na chuva, ele chegou a ocupar uma convincente segunda posição após bela ultrapassagem dupla sobre Massa e Kobayashi, e só caiu para quarto no fim da prova pelos carros superiores e uso do DRS por parte de Button e Webber. Schumi ficou com um amargo quarto naquele dia.
Depois de vencer as quatro primeiras provas da temporada, Michael Schumacher não venceu a quinta seguida por um problema de câmbio que o fez ficar preso na quinta marcha durante boa parte da corrida. Ainda assim, ele conseguiu fazer um pit stop sem deixar o carro morrer e chegar em segundo, a apenas 24s de Damon Hill - vencedor da corrida. Após o GP, Schumi disse que o problema o fez mudar os traçados e tangências das curvas, e que utilizou sua experiência prévia nos protótipos para evitar que seu motor apagasse.
2004 foi a temporada mais dominante de Schumacher na F1. O alemão conquistou 13 vitórias em 18 provas, e o maior triunfo veio em Magny-Cours. Derrotado na disputa pela pole position por Fernando Alonso, o alemão e a Ferrari apostaram em uma estratégia de quatro paradas para superar o espanhol naquele dia ao final da prova de 70 voltas.
Para tirar a Ferrari de uma fila de 21 anos , Schumi mais uma vez se utilizou de um bom trabalho em equipe e de sua conhecida perícia no molhado para derrotar Mika Hakkinen. Após uma batalha épica na classificação, o finlandês largou melhor que o alemão e lhe roubou a liderança, mas Schumacher sempre se manteve logo atrás do rival. Quando uma pequena garoa começou a cair em Suzuka na segunda metade da prova, ele acelerou tudo, adiou sua parada no box e retornou à frente de Mika para celebrar seu tricampeonato e quebrar o jejum ferrarista após quatro anos de tentativas frustradas.
Saindo de sétimo, Schumacher não parecia ter ritmo para lutar pela vitória em Indy. Mas com uma ótima largada e uma forte chuva no meio da prova, ele não desperdiçou a chance de se aproximar do hexacampeonato enquanto seu maior rival na luta pelo título, Kimi Raikkonen, tinha problemas de ritmo com o pneu de chuva da Michelin. A vitória se provou crucial para a conquista do título do alemão, que saiu dos EUA com nove pontos de frente e foi campeão ao fim do GP seguinte com apenas dois pontos de vantagem sobre Kimi.
Esta foi uma das corridas que definiram Schumacher como o ‘Rei da Chuva’ de sua época. Vendo as duas Williams na primeira fila saindo de pneus slicks no molhado, Schumi já na largada assumiu o primeiro posto e na primeira volta abriu 4s frente para o resto na traiçoeira pista monegasca. Na quinta volta ele já tinha 22 segundos de vantagem. A folga só aumentou durante o GP, e apesar de uma saída de pista na Sainte Devote no meio da prova, ele finalizou a corrida 53s306 à frente do segundo - Rubens Barrichello andando com a Stewart.
“Este cara é deprimente. Além de ser o melhor nº 1, também é o melhor nº 2”. A frase foi dita por Eddie Irvine, logo após sua vitória na Malásia em 1999. Pole position, Schumacher deixou seu parceiro passar logo no início da prova e segurou as McLarens para que Eddie abrisse na frente. No entanto, sem ser suficientemente veloz, Irvine saiu após sua última parada atrás de Schumacher. Schumi o deixou passar de novo, para que Eddie voltasse à liderança do mundial antes da última prova no Japão, onde perdeu o título para Mika Hakkinen (exausto na foto após não ter conseguido passar o alemão durante toda a prova).
A primeira vitória de Schumacher na Ferrari mostrou o que estava por vir. Sob chuva torrencial, ele largou mal, mas foi passando seus adversários facilmente até chegar à liderança apenas na volta 13. Tranquilo, ele abriu mais 45s nas 42 voltas restantes, mesmo com dois dos dez cilindros de seu motor Ferrari quebrando durante a prova.
Saindo de 16º no grid de largada, a chuva veio mais uma vez para ajudar Schumacher a se destacar frente aos rivais. Se recuperando nas primeiras voltas, ele esperou uma garoa iniciar e Damon Hill ir aos boxes para liderar já na volta 16. Com pneus de chuva, Hill passou Schumacher após uma briga intensa que durou uma volta. Mas a chuva, amiga do alemão, foi embora. Ele passou Hill de novo, que teve que trocar mais uma vez para slicks. Voltas depois, a chuva voltou de vez, e todos tiveram que ir aos pits novamente pelos pneus de chuva, confirmando assim o triunfo de Schumacher.
Que Schumacher sobrava na chuva, nós já vimos. Mas e com um carro aquém, sem chuva e com uma estratégia de uma parada a mais era possível brilhar? Sim, era. E aconteceu em Budapeste em 1998. Em uma pista difícil de passar, sua única chance para bater as velozes McLarens era sendo perfeito e ousando na estratégia. Ele fez três paradas frente às duas de Hakkinen e David Coulthard, fez um terceiro stint visceral (no qual chegou a sair da pista) e retornou de seu último pit stop à frente de ambos. O dia ainda melhorou para o alemão quando Hakkinen sofreu com problemas de estabilidade e caiu para sexto, com sua diferença no mundial diminuindo de 16 para sete pontos.