Renault defende que F1 precisa considerar opções como hidrogênio para próxima geração de motores
Cyril Abiteboul afirmou que a categoria precisa montar um painel de especialistas para estudar a fundo qual é a melhor solução para o futuro
O chefe da Renault, Cyril Abiteboul, defende que a Fórmula 1 deveria montar um painel de especialistas para discutir o que seria melhor para a próxima geração de motores da categoria, devendo considerar até ideias como hidrogênio.
A decisão da Honda de sair da F1 no final de 2021 aumentou o debate dentro do esporte sobre se a categoria precisa mudar o conceito atual de motores híbridos para o futuro ou fazer algo totalmente diferente.
No momento, os planos da F1 para mudar os motores são apenas para 2026, e muito provavelmente o próximo formato deve ser mais barato e menos avançado em termos tecnológicos.
Mas Abiteboul acredita que a F1 deveria formar um grupo de trabalho para buscar outras opções viáveis que existem por aí, tomando um caminho totalmente diferente.
Ele sugere que, se o espírito de cooperação é tão forte quanto o visto neste ano, com as equipes trabalhando junto para produzir respiradores para vítimas da Covid-19, boas coisas podem ser conquistadas.
E enquanto uma solução de eletrificação é improvável, Abiteboul sugere que o hidrogênio não pode ser descartado.
"Acho que, o que importa mais, é definir qual é a tecnologia correta para a próxima geração", disse no GP de Eifel. "Há muitas tecnologias surgindo. Vemos que o mundo automotivo está cheio de dúvidas. Há poucos anos, mal falávamos do hidrogênio. É algo novo que está crescendo. Pode ser apropriado para a F1? Quem sabe? Não sei".
"Mas acho que é certo pausar um pouco antes de tomar a decisão. Uma coisa que pode ajudar é formar um grupo que pode ser um painel de especialistas, entre as montadoras, assim como fizemos com os respiradores".
"Foi maravilhoso ver a colaboração entre as equipes. É algo que podemos fazer: pesquisa avançada, estudar a próxima geração de motores para garantir que é a certa, em termos de espetáculo, custo, competitividade, marketing. E temos que fazer isso logo".
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, acredita que a F1 fez o certo ao esperar até 2026 para introduzir o novo regulamento, mas espera que o corte de gastos entre em ação logo.
"Certamente, um teto e um certo congelamento precisa ser introduzido antes, precisamos de um status onde todos os motores são mais ou menos iguais. Não precisamos de motores congelados com grandes discrepâncias de performance".
"Mas, pensando adiante, precisamos sentar e discutir qual é a tecnologia ideal para o mundo real, como simplificar essa tecnologia, gastando menos e terminando com um novo formato que trará todo mundo a partir de 2026".
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Renault R.S.20 (Temporada 2020) |
Motor: Renault |
Combustível: BP Ultimate |
Pneus: Pirelli |
Pilotos: 3 - Daniel Ricciardo 31 - Esteban Ocon |
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