Sauber rebate críticas “terríveis” feitas a Wehrlein
Monisha Kaltenborn, chefe do time suíço, considera que as pessoas deveriam elogiar a postura do piloto alemão por ter escolhido não correr na Austrália
A chefe da Sauber, Monisha Kaltenborn, considera que as críticas feitas à decisão de seu piloto Pascal Wehrlein de ficar de fora do GP da Austrália por questões físicas foram “terríveis”.
Wehrlein disse à equipe suíça após os treinos de sexta em Melbourne que tinha preocupações com sua forma física, especialmente por ter sofrido uma lesão nas costas durante a Corrida dos Campeões, em janeiro.
O alemão precisou ficar de fora da primeira bateria de testes em Barcelona devido à contusão e admitiu ter só percebido na Austrália que a falta de preparação o deixou fora de forma.
Kaltenborn acredita que a decisão de Wehrlein de ficar de fora deveria ser enaltecida, e não criticada. “Ele só precisa de tempo”, disse a dirigente ao Motorsport.com.
“Acho que é terrível a forma com que as pessoas acham que estão em condições de dizer algo sobre ele. Elas têm essa visão estranha, sem autoridade alguma para julgar alguém. Acho que é horrível como as pessoas pensam que podem julgar o assunto. Elas deveriam olhar a si próprias primeiro.”
“É necessário muito para alguém tão ambicioso dizer, de forma aberta: ‘Pessoal, nessas circunstâncias, não consigo completar uma corrida inteira’.”
“Então, deveríamos apreciar esse tipo de abertura e honestidade, o que não é algo fácil de ter neste ambiente de pressão em que os caras vivem.”
Antonio Giovinazzi acabou sendo o substituto de Wehrlein, que deverá voltar à ativa na próxima corrida, na China, em 9 de abril.
Kaltenborn disse que Wehrlein não deveria procurar por um especialista entre agora e a corrida de Xangai, porque seu condicionamento normalmente melhoraria o suficiente neste período para que o time não se preocupasse.
Sem dúvidas após o segundo teste
Na segunda semana da pré-temporada, Wehrlein completou quatro dias de testes, todos em meia jornada, mas realizou apenas sequências de voltas mais curtas como preocupação.
Kaltenborn disse que foi uma surpresa o fato de que o piloto recebeu a liberação para participar dos testes, o que fez com que todos acreditassem que ele já havia recuperado sua forma plena.
Mas, ao ser questionada se a equipe tinha algum indício de problema após o segundo teste, ela respondeu: “De forma alguma. Se soubesse, eu nunca teria feito isso. Não podemos ter indícios disso porque aí significa que sabemos de algo que não é correto.”
“Começamos aos poucos com ele porque era a coisa certa a se fazer. Era o correto não colocá-lo para testar o dia inteiro, então nós dividimos – outras equipes também fizeram igual, mesmo sem ter os problemas que nós temos. Chegamos aqui com a clara intenção de que ele guiaria o fim de semana todo.”
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