Vettel: "Ainda amo a F1, mas é diferente do que era há 14 anos"
Tetracampeão disse que as pessoas mudam a percepção do esporte quando começam a ter um contato mais direto
Sebastian Vettel passou por diversas fases na carreira depois de 13 anos na Fórmula 1: a ascensão meteórica, o domínio com a Red Bull, bom momento com a Ferrari e a fase atual, abaixo da média. Mesmo assim, ele acredita que não mudou muito sua forma de ser desde o começo, mas reconhece que seu amor pelo esporte não é mais o mesmo daquela época.
O tetracampeão chegou na F1 em 2006 após um teste com a Williams, virando reserva da Sauber, participando de alguns treinos livres antes de sua estreia oficial, no GP dos Estados Unidos de 2007.
Sua boa performance, pontuando logo em sua primeira corrida, abriu espaço para que, pouco depois, ele substituísse Scott Speed na Toro Rosso nas últimas sete corridas daquele ano, conquistando um quarto lugar na China. Ele seguiu na equipe italiana por mais um ano, vencendo em Monza e, a partir daí, cresceu na categoria, subindo para a Red Bull em 2009 e conquistando o tetracampeonato consecutivo entre 2010 e 2013.
Vettel sempre lembra que cresceu assistindo seu maior ídolo, Michael Schumacher, pela televisão, e sempre sonhava em refazer os passos do heptacampeão, conquistando vitórias e títulos na principal categoria do automobilismo mundial.
Agora, 13 anos depois de seu primeiro GP, com quatro títulos mundiais e consolidado como um dos principais nomes do grid, Vettel garante que ainda ama a F1, mas reconhece que passou por uma mudança de percepção após conhecer mais a fundo esse mundo, criando um tipo de amor diferente.
Em entrevista ao Beyond the Grid, podcast oficial da F1, Vettel falou sobre sua relação com a categoria e como essa mudança aconteceu.
"Creio que a relação que temos com a F1 muda. É impossível manter a mesma impressão que temos antes. É preciso ter em conta que, a partir do momento que você pilota, vivencia isso, você cresce, amadurece".
"Talvez você tenha que perguntar para outras pessoas, mas eu acredito que sou um pouco parecido com quem eu era antes. Obviamente, você vai aprendendo sobre a F1, os dirigentes e os que contribuem para esse mundo, e acho que isso mudou no meu ponto de vista. Ainda amo a F1, isso não mudou, mas o amor é diferente com relação ao passado".
Na entrevista, Vettel ainda falou sobre os motivos que o levaram a assinar com a Aston Martin para 2021, destacando o crescimento da equipe.
"O fato é que a equipe está crescendo. São vários fatores e os critérios foram se preenchendo: performance, corridas, onde a equipe pretende estar no futuro, potencial e por aí vai. Mas acho que, principalmente, foi uma questão de mentalidade e a possibilidade de fazer algo bom juntos".
"Parece um projeto divertido e eu decidi que gostaria de fazer parte disso. É uma situação diferente da Ferrari e, no futuro, vejo a Aston Martin crescendo. Teremos muitas coisas acontecendo pela primeira vez e acho que é um grande desafio para toda a equipe. E eu espero contribuir com coisas boas dentro e fora do carro".
"Eu amo correr e mal posso esperar por isso. Como já disse, não me arrependo dos anos com a Ferrari, aprendi muito lá. Mas é interessante pensar sobre uma equipe diferente, outra cultura, novas pessoas. Mal posso esperar".
Ferrari SF1000 (Temporada 2020) |
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Motor: Ferrari |
Combustível: Shell |
Pneus: Pirelli |
Pilotos: 16 - Charles Leclerc 5 - Sebastian Vettel |
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