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VÍDEO: Massa revela em live 'causos' hilários de sua vida na F1

Atualmente na Fórmula E com a equipe Venturi, paulistano correu na F1 por Sauber, Ferrari e Williams

Felipe Massa, Ferrari

Vice-campeão da Fórmula 1 em 2008, Felipe Massa correu na categoria máxima entre 2002 e 2017 e tem histórias de sobra no campeonato de elite do esporte a motor. Em live realizada no Instagram do Motorsport.com com Felipe Motta, o piloto do Brasil contou diversos episódios curiosos. Entre os temas abordados, histórias divertidíssimas com Michael Schumacher, Kimi Raikkonen, Lewis Hamilton e Jacques Villeneuve. Assista:

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A personalidade de Kimi Raikkonen

"Tomando duas taças de qualquer coisa, ele [Raikkonen] mesmo não consegue parar de falar. E é uma situação completamente ao contrário da situação dele normal. Você vive todos os dias vendo ele falar pouco, mas tomando duas taças ele te abraça e não para de falar." 

"Você tem que parar ele e dizer: 'É minha vez agora, cara... Pô, deixa eu falar'. Já aconteceu várias vezes após corridas de você encontrá-lo à noite em alguma festa e ele começar a grudar em você sem parar de te abraçar, de falar e contar história. E você assim: 'Meu, deixa eu falar também, não é só você...'. Ele é um cara exatamente assim, muito estranho. Não dá para entender a reação que ele vai ter, só quando ele tomar alguma coisa... Aí dá para entender."

A 'zoada' do 'Homem de Gelo' em Schumacher

"Ele foi campeão em 2007, então em 2008 ele era o cara em Madonna di Campiglio no começo do ano (janeiro). E teve uma história com o Schumacher. Ele [Kimi] encheu a lata... Nesse jantar, ele já chegou meio alegrinho. Aí começou a tomar e o Schumacher estava junto. E ele [Kimi] começou a tomar e passar do ponto. E o Schumacher estava com uma calça de couro e um 'fivelão' na cintura que ele usava sempre. Várias vezes ele usava. Parecia um caubói."

"Ele estava com uma 'botona', só faltava a espora, e ele estava com uma 'fivelona' de prata, ouro, sei lá o que que era, que ele usava como se fosse um caubói. E aí o Kimi passou do ponto, não aguentou e começou a querer sacanear o Schumacher. Ele começou a chamar o Schumacher de Texas Ranger. 'Texas Ranger, Texas Ranger!'. No começo, o Schumacher não estava gostando... Só que ele conhecia o Kimi."

"Ele sabia que não adiantava ele não gastar, porque o cara [Kimi] passou do ponto, não tem o que fazer... E aí ele começou a fingir que não era com ele. O pessoal até começou a dar uma cutucada no Kimi e ele: 'Texas Ranger, Texas Ranger'. Aí chegou uma hora em que o Schumacher começou a rir e fingiu, mas logicamente ele não tinha gostado muito", completou Massa.

Outras histórias

Além de falar de 'causos' divertidos da categoria máxima do automobilismo, Massa também abordou histórias envolvendo momentos de tensão na F1, como em alguns momentos por Ferrari e Williams.

O piloto também relembrou passagens com o espanhol Fernando Alonso, bicampeão da F1 e seu companheiro de Scuderia Ferrari entre as temporadas 2010 e 2013 na elite do esporte a motor mundial.

GALERIA: Relembre toda a trajetória do brasileiro Felipe Massa na Fórmula 1

Um detalhe sobre o início de carreira de Felipe Massa é que seu primeiro contato com o esporte a motor foi com o motocross, como ele próprio relatou no filme Heroes. Ao vê-lo começar a saltar cada vez mais alto e se machucar, seu pai, Titônio, decidiu apresentar o kart ao futuro orgulho da família.
Massa começou a correr de kart em 1989 e competiu no Brasil até 1999, quando foi campeão nacional de Fórmula Chevrolet. O passo seguinte, naturalmente, foi a Europa.
Ele se destacou ao chegar no Velho Continente, com títulos na Fórmula Renault (2000) e F3000 Europeia (2001). Isso, obviamente, o colocou nos radares da F1.
Em setembro de 2001, Massa fez seu primeiro teste na F1, em Mugello, e causou boa impressão. Já debaixo das asas da Ferrari, o jovem piloto conseguiu garantir uma vaga de titular na Sauber no ano seguinte.
Massa teve alguns desempenhos de destaque e fechou o campeonato em 13º, com quatro pontos. Porém, a inconstância cobrou seu preço, e o brasileiro perdeu sua vaga.
Massa, então, passou o ano de 2003 testando o carro da Ferrari e trabalhando de perto com Michael Schumacher e Rubens Barrichello. Mesmo sem competir, foi uma temporada de aprendizado para o ainda jovem piloto.
Mais maduro, Massa voltou ao grid pela Sauber em 2004. Apesar de ter sido derrotado por Giancarlo Fisichella, o brasileiro cresceu com o passar da temporada, especialmente com as segundas filas obtidas na China e no Brasil.
Massa foi mais sólido em 2005: derrotou Jacques Villeneuve no duelo interno e bateu na trave do pódio com um quarto lugar no Canadá. Com a saída de Barrichello da Ferrari, abriu-se a vaga desejada para se juntar à escuderia italiana no ano seguinte.
Massa competiu ao lado de Schumacher e deixou boa impressão em 2006: esteve com consistência no pódio e fechou o ano em terceiro, atrás apenas do alemão e de Fernando Alonso, que disputaram o título. Os destaques ficaram nos GPs da Turquia e do Brasil, suas primeiras vitórias.
Sem Schumacher 2007, Massa ganhou espaço e se colocou no páreo da disputa pelo título no começo do ano. Porém, Kimi Raikkonen cresceu com o passar do ano, o que deu ao finlandês seu primeiro título na F1.
Em 2008, Massa fez sua campanha mais forte, com seis vitórias e ocupando a posição de real protagonista. Mas, como todos sabem, o título escapou das mãos por pouco: ele ficou apenas 1 ponto atrás de Lewis Hamilton, o campeão.
A Ferrari não veio tão forte em 2009, mas Massa ainda continuava com boas atuações. Contudo, sua campanha foi interrompida com o acidente da Hungria, que o deixou de fora da segunda metade da temporada.
Quando voltou à ativa em 2010, Massa encontrou uma situação diferente na Ferrari, desta vez com Alonso como parceiro. O brasileiro teve dificuldades dentro e fora da pista, e seu ano ficou marcado pelos fatídicos acontecimentos do GP da Alemanha, quando cedeu a liderança para o espanhol.
Em 2011, mais uma vez a Ferrari não se acertou, e Massa teve dificuldades a mais do seu lado da garagem. O piloto foi bastante apagado ao longo da temporada e teve sua primeira campanha na Ferrari sem sequer obter um pódio.
No geral, 2012 foi um pesadelo para Massa. Enquanto Alonso disputou o título, o brasileiro tinha dificuldades para pontuar no início da campanha. Porém, ele ganhou terreno com o passar do campeonato e fechou o ano com dois pódios, no Japão e no Brasil.
Mais um pódio foi para sua conta em 2013, mas sua relação com a Ferrari chegou ao ponto de ruptura. Com um discreto oitavo lugar na tabela, o brasileiro deixou a equipe italiana.
Massa encontrou espaço na Williams a partir de 2014, que havia tido temporada ruim no ano anterior. Mas, surpreendentemente, a equipe deu a volta por cima, o que possibilitou a Massa uma pole position e três pódios.
Massa anotou mais dois pódios em 2015 e se destacou no GP da Grã-Bretanha, quando liderou a primeira fase da prova. Acabou o campeonato em sexto, logo atrás do parceiro, Valtteri Bottas.
Massa fez campanha inconstante em 2016 e se viu ameaçado com a chegada do ‘endinheirado’ Lance Stroll. Assim, anunciou que se aposentaria da categoria ao fim daquele ano.
Porém, a aposentadoria de Nico Rosberg abriu espaço para a ida de Bottas à Mercedes, o que proporcionou que Massa voltasse à Williams em 2017. O brasileiro prevaleceu no duelo contra o jovem canadense, mas, desta vez, sua despedida foi confirmada.
Massa fechou seu período na F1, com 269 corridas, 11 vitórias, 41 pódios e 16 poles, sendo o último representante do país na maior categoria do automobilismo mundial.
Em 2018, Massa anunciou que correria na categoria totalmente elétrica, a Fórmula E. Na primeira temporada, seu melhor resultado foi em Mônaco, na terceira posição. Ainda em fase de aprendizado, o brasileiro foi o 15º colocado no campeonato.
Na atual temporada, interrompida por causa da pandemia do novo coronavírus, Massa é apenas o 19º colocado, após cinco provas.
Fora das pistas, Massa ocupa o cargo de presidente da Comissão Mundial de Kart da FIA, ajudando a trazer o Mundial de Kart ao Brasil, mais precisamente a Birigui. Inicialmente o campeonato seria realizado em outubro deste ano, mas como consequência do coronavírus, terá que ser realizado em 2021.
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