Entrevista
Fórmula E Testes coletivos

Villeneuve: “não estou aqui pelo dinheiro, mas porque amo corridas”

O campeão da temporada 1997 da F1 diz que o que o levou para a F-E foi a paixão pelas corridas e desejo de se envolver em uma categoria que tem como objetivo fazer carros cada vez mais velozes

Jacques Villeneuve, Venturi
(Esquerda para direita): Jacques Villeneuve, com Jos Verstappen e seu filho Max Verstappen
Jacques Villeneuve
Jacques Villeneuve
(Da esquerda para direita): Martin Brundle, comentarista da Sky Sports, com Jacques Villeneuve
Jacques Villeneuve
Jacques Villeneuve, Venturi
Jacques Villeneuve, Venturi
Jacques Villeneuve, Venturi
Jacques Villeneuve, Venturi
Jacques Villeneuve

Jacques Villeneuve, campeão mundial de F1 em 1997, fez nesta segunda-feira (10) o primeiro teste oficial com a Venturi, equipe pela qual ele disputará a segunda temporada da F-E. O canadense está animado com o retorno às pistas e se mostrou ansioso para ajudar no desenvolvimento das novas tecnologias e extrair mais dos carros movidos à energia elétrica.

"Se você olhar para a maioria dos demais campeonatos, você verá que, a cada ano, tentam reduzir a velocidade dos carros. Aqui, o caminho é exatamente o oposto, o que é bom”, disse Villeneuve logo após o primeiro dia de testes coletivos em Donington Park.

O vencedor das 500 milhas de Indianápolis de 1995 destacou ainda que volta às pistas pelo amor às corridas, não por dinheiro ou qualquer outra coisa. “Eu sou um piloto. O que importa é que, quando você entra no carro, você acelera e ponto, esse é o cerne da questão. Não estou aqui pelo dinheiro, mas porque amo corridas. Esta categoria tem potencial para proporcionar ótimos espetáculos”, cravou.

"Eu assisti às corridas e elas me pareceram muito emocionantes. Fiquei um pouco chateado por não fazer parte daquilo. O nível dos pilotos é muito bom e as pistas são montadas nas ruas – sempre gostei de pilotar neste tipo de circuito.

"Em um determinado momento eu comecei a tentar me envolver com a categoria e, há alguns dias, quando eu estava na Hungria comentando a F1 para a TV, recebi um telefonema em que perguntaram se eu estava disponível para testar (o carro da F-E). Eu voltaria para o Canadá, então para testar eu teria que mudar meus planos. Mas eu disse ‘claro, isso será divertido’”, contou.

Carro "muito bom" de pilotar

Villeneuve, que esteve nas mais diversas categorias durante a carreira – F1, Indy, endurance, NASCAR e Rallycross – disse que o carro da F-E é agradável de pilotar.

"Eu me diverti dirigindo o carro – é complexo, difícil de extrair todo o rendimento. Aprender a aproveitar a energia da melhor maneira foi muito interessante. Além disso, a atmosfera da equipe me fez lembrar porque comecei a disputar corridas", ponderou.

Sobre o fato do carro ser movido à energia elétrica, Villeneuve contou que não há diferença em relação aos motores à combustão, excetuando-se o fato de que a potência ainda é inferior. "É um carro de corrida, simples assim. Você não alcança a mesma velocidade máxima ou o mesmo nível de potência, mas as reações nas freadas e nas curvas é a mesma (de um carro movido à combustão). Como você não tem a mesma potência nas saídas de curva, você tem que maximizar sua velocidade dentro das curvas – e conseguir fazer isso da melhor maneira possível é algo muito complexo”, revelou.

O negócio com a Venturi atraiu o piloto pelo fato de que a equipe é uma das que estão produzindo a própria unidade motriz para a segunda temporada da F-E.

"A Venturi não só tem uma vasta experiência com motores elétricos - com os recordes de velocidade em linha reta – mas também tem a atitude correta. Nesta temporada, quase todos utilizarão novas unidades motrizes e cada um acredita que a sua é a mais eficiente. Ainda não tenho ideia de onde estamos, precisamos esperar para ver. No entanto, eu não estou aqui só para me divertir”, pontuou.

"Adoro correr e eu estou aqui para andar na frente. Em todas as categorias que entrei nos últimos dez anos, fui capaz de ser competitivo e lutar por pódios e vitórias – é o que quero fazer aqui. É bom poder fazer a temporada completa, não somente duas ou três corridas, e evoluir conforme o andamento do campeonato", encerrou.

Entrevista por Tim Biesbrouck e Guillaume Navarro

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Charles Bradley
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