Max Wilson relembra prova marcada por acidente de Zanardi
No grid da CART em 2001, piloto da Eurofarma RC na Stock Car destaca simplicidade e simpatia do italiano
O dia 15 de setembro de 2001 ficará para sempre marcado na história do automobilismo pelo fortíssimo acidente sofrido por um dos pilotos mais carismáticos e talentosos de todos os tempos. O cenário foi a pista de Lausitzring, na primeira visita da CART ao continente europeu.
Naquele dia, Alessandro Zanardi fazia grande corrida – sua melhor naquela temporada de reestreia no campeonato. Porém, a 13 voltas do fim, o piloto italiano cometeu um erro saindo dos boxes e foi acertado em cheio pelo canadense Alex Tagliani. O impacto, no bico do carro de Zanardi, amputou suas duas pernas instantaneamente.
Presente naquela prova marcada por esta situação dramática, Max Wilson relembrou o ocorrido ao Motorsport.com.
“Competi contra o Zanardi em 2001, e infelizmente ele teve aquele acidente. Eu estava lá na Alemanha e todo mundo sofreu muito depois daquilo”, disse.
“A situação ali chocou todo mundo. Por alguns dias não sabíamos nem se ele sobreviveria. O clima era muito ruim.”
Andando pela equipe Arciero-Blair naquele ano, Max chegou a disputar posições com Zanardi naquele ano. Em Cleveland, sua melhor prova no ano, o brasileiro acabou batendo com o italiano enquanto os dois disputavam um lugar no pódio. Com um equipamento pouco competitivo, Wilson sofreu naquele ano e pontuou apenas uma vez – com um quarto lugar em Portland.
Max destaca também a simplicidade de Zanardi com as outras pessoas mesmo quando estava em alta, no fim dos anos 90.
“Tudo que eu vou falar dele não tem nada a ver com o fato de ele ter tido aquele acidente”, acrescentou.
“Conheci ele em 1999, na época que ele vinha do bicampeonato na CART – onde fez provas épicas. Os grandes expoentes do automobilismo naquele momento eram Schumacher e Zanardi.”
“Conheci ele quando se transferiu da CART para a F1, na Williams. Era o auge dele, e o que chamava a atenção era a humildade e a simplicidade. O mundo inteiro olhava para ele como um ídolo.”
“Não faço tanta questão de conhecer um cara que foi o melhor. Para mim grandes pessoas são as que tem seus grandes valores princípios e posturas.”
“Depois do acidente ele se recuperou e voltou à vida da forma mais normal possível. O vemos feliz, vivendo a vida. Fala muito de família e ganhou medalhas olímpicas anos depois. É um cara que a gente sempre vê dando risada e de bem com a vida. É uma honra conhecer uma pessoa como ele.”
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